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Dia do Colono: Na família Bockorny, agricultura passa de geração para geração

25/07/2018 - 09h43min

Atualizada em 25/07/2018 - 14h52min

Neste 25 de julho comemoramos o dia do homem cujo trabalho garante nosso sustento de cada dia, e para parabenizá-los o Jornal O Diário preparou um especial “Dia do Colono”. 

Picada Feijão – Na localidade de Picada Feijão, em Ivoti, os gêmeos Tiago e Diego Bockorny, 19 anos, contrariam as estatísticas e fazem o movimento contrário ao êxodo, participando da sucessão rural.

Filhos e netos de agricultores, eles decidiram permanecer na propriedade plantando e colhendo, como aprenderam com os pais, Ari e Vânia Bockorny, que por sua vez aprenderam com o avô dos gêmeos, Egon Bockorny, 81 anos, fundador da Caninha Caboclo, fundada na década de 40. Foram 32 anos fazendo cachaça e comercializando na região. A empresa encerrou as atividades em 1974, mas hoje tem continuidade por outros familiares.

Tiago e Diego fazem parte de uma equipe que inclui o pai, a mãe, e os tios, Maurício e Ildo Bockorny. Juntos eles cultivam verduras. Plantam de quase tudo: alface de vários tipos, tomate, pepino para conserva, salsa, repolho, couve flor, brócolis, entre outros. Algumas das culturas, como pepino para conserva, tomate cereja e rúcula são cultivadas em estufas, que somam mais de dez. Semanalmente colhem entre 20 e 50 caixas de tomate, pra se ter uma ideia da produção.

“O que me fez ficar foi a família. Desde novo me interessei muito por trabalhar aqui porque é uma coisa que vai ter sempre, a produção de alimentos”, diz Tiago que compartilha a opinião com o irmão, que não têm vergonha de serem chamados de colonos. A produção de pepinos para conserva tem comprador garantido: uma empresa de doces e conservas da região. A maioria das verduras abastecem um supermercado local e o excedente é fornecido para comercialização na Ceasa de Porto Alegre, e outra parte vendida a consumidores em geral.

Tiago observa que trabalhar na agricultura, a exemplo de outras atividades, também exige estudo e conhecimento. Diz que o tio fez cursos para aperfeiçoar a atividade e que estão sempre atentos as novidades, acompanhando o segmento pela internet. “Hoje, pra trabalhar na roça, tem que ter estudo, uma noção, e estar atento as novidades”, aponta o jovem agricultor que para o futuro espera mais incentivo e valorização, tanto dos governantes como da população.

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