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Dia do voluntariado: fazer o bem sem olhar a quem
Ivoti – Jovens do município que ajudam pessoas em situação de rua na região. Casal que faz missão em outro continente e por lá encontra sua família. Doação de sangue, alimentos e mantimentos, e ajudar na Igreja. Um simples gesto realizado apenas com o fim de ajudar alguém sem cobrar nada em troca. Tudo isto é celebrado e homenageado neste dia 5 de dezembro, o Dia Internacional do Voluntariado.
A importância do voluntário está em seu trabalho na linha de frente junto à comunidade. Segundo Catia Heidrich, uma das diretoras da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Ivoti, uma das maiores instituições em termos de ação social no município, o serviço voluntário gera um enorme crescimento pessoal. “Ser voluntário nos torna pessoas melhores em todos os sentidos. Aprendemos a valorizar pequenas coisas”, destacou Cátia.
De acordo com o Padre Paulo Bervian, da Paróquia São Pedro Apóstolo, a maior parte dos serviços realizados na comunidade é fruto de trabalho de fiéis voluntários. “Os catequistas, líderes de movimentos e pastorais e conselheiros são todos voluntários. Quase todos os serviços sociais que são feitos aqui, são tocados por pessoas que fazem isto por amor”, destacou o pároco.
Grupo se reúne nas madrugadas de sexta-feira para doar marmitas. (Créditos: Arquivo Pessoal)
Na linha de frente
Dentro destes grupos da igreja, um se destaca pelo trabalho realizado com pessoas em situação de rua na região. Cerca de cinco jovens ivotienses fazem parte do Anjos da Madrugada, um grupo que distribui, todas as sextas-feiras, pratos de comida para estas pessoas em Novo Hamburgo e São Leopoldo, além de incentivar uma reabilitação.
De acordo com Natanael Klein, a ideia de trabalhar voluntariamente nesta ação surgiu na compreensão da dor do outro. “Ivoti é uma cidade maravilhosa, praticamente não tem problema nenhum. Isso muita vezes não nos deixa tocar pela dor do outro. Nosso trabalho é justamente entender esta dificuldade e ajudar sem pedir nada em troca”, destacou Klein.
Para o jovem, a boa ação do voluntariado deveria ser mais praticada por todos os cidadãos. “Eu acho que todo mundo deveria ajudar. Ser voluntário em alguma ação para ter a visão verdadeira do sentido da vida. E é muito gratificante”, finalizou Natanael.
Família cresceu no voluntariado
Durante sua missão na África, casal conheceu seus filhos (Créditos: Arquivo Pessoal)
A Família Wommer Scherer aumentou durante um trabalho voluntário. De acordo com Deisi Scherer, sempre foi um sonho antigo ajudar outras pessoas. E a viagem dela e de seu marido, Fernando, à África, surgiu com este intuito. “É difícil explicar como começou esta vontade de ser voluntário. Parece que sempre fez parte da nossa vida. A gente sempre pode repartir”, destacou Deisi.
Na missão à África, ela e Fernando conheceram um casal brasileiro que já atuava no continente. De lá, encontraram seus filhos Abel e Djariatu. “Na nossa primeira ida fizemos um empréstimo. Na segunda conseguimos organizar alguns almoços. Nossa intenção é sempre voltar lá para ajudar de alguma forma”, comentou.
Mas os trabalhos voluntários da família não param por aí. Na região, junto a outros amigos, organizam entregas de cachorro-quente, doações de alimentos e mantimentos para cerca de 150 pessoas de Lindolfo Collor e Ivoti. “São famílias que necessitam de uma atenção maior. E quando ajudamos, nos gratifica muito. Fazer a boa ação é tão melhor quanto receber esta ajuda”, finalizou Deisi.