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DIÁRIO RURAL: Agricultores entram para a história ao se tornarem nomes de ruas em Nova Petrópolis

15/03/2023 - 10h18min

Atualizada em 15/03/2023 - 10h18min

Fridolino e Erica viveram no bairro onde construíram família e deixaram legado (Créd. ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO)

Ideia é homenagear pessoas importantes para o desenvolvimento das comunidades

Por: Gian W. Baum

Nova Petrópolis – Antigos moradores de Nova Petrópolis estão sendo homenageados dando seu nome à novas ruas do município. Quem está por trás dos projetos é o vereador Daniel Michaelsen (MDB), que já encaminhou diferentes propostas para nomear ruas, algumas até já sancionadas pela Prefeitura. Nesta matéria, separamos quatro agricultores que foram recentemente homenageados emprestando seu nome a ruas da Fazenda Pirajá e da Linha Imperial.

FRIDOLINO MICHAELSEN
O primeiro homenageado é Fridolino Alfredo Michaelsen, que empresta seu nome à rua “A” do Loteamento Vila das Araucárias, na Fazenda Pirajá. Fridolino nasceu em novembro de 1928 e faleceu em 2003 aos 74 anos. Ele era filho de Otto Michaelsen e Lina Zühl e teve três filhos: Marina Ilair Ritter, Marlise Loni Nienow e Hilário Michaelsen, que já é falecido. Dos filhos, ganhou cinco netos, sendo um também já falecido. Por muitos anos ele morou na rua Otto Ritter, na Fazenda Pirajá. Fridolino era agricultor e trabalhava na pedreira quebrando pedras. Também foi ecônomo durante muitos anos da Sociedade Canto Alegria, onde participava do grupo de coral. “Era uma pessoa simples, prestativa e que sempre estava disposto a ajudar o próximo. A denominação da Rua A é uma solicitação de Alcino Nienow, que é o proprietário do loteamento, em função da amizade, consideração um pelo outro e dos trabalhos realizados em conjunto”, diz Daniel.

Fridolino e Erica viveram no bairro onde construíram família e deixaram legado (Créd. ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO)

ANILDO RUECHEL

Anildo Ruechel será o nome da rua “C” do loteamento Vila das Araucárias, que também fica no bairro Fazenda Pirajá. Anildo Ruechel nasceu em Novo Hamburgo em março de 1952 e faleceu julho de 2021 aos 69 anos. Quando ele tinha 11 meses, seus pais Selvino Ruechel e Maria Ruechel decidiram se mudar para a localidade de Arroio Paixão. Lá, morou com os pais e trabalhou na roça até os 21 anos. Com 22 anos foi morar na Fazenda Pirajá, onde trabalhou 10 anos na pedreira do Lindolfo Seefeld e, por algum tempo, trabalhou também na pedreira do Tonezer e no restante, até se aposentar, trabalhou em construção na Construplan e com o Paulo Grings. Em 27 de maio de 1978, se casou com Maria Reisdoerfer, com quem teve três filhos: Jorge Luiz, João André e Vera Regina. “De segunda a sexta trabalhou com carteira assinada e nos finais de semana se dedicava na roça com a esposa e os filhos. Plantava bastante alimentos que não precisava comprar, como feijão, arroz, aipim, batata doce e batata inglesa, mas isso sempre nas terras do amigo Alcino Nienow e do Helmuth Zummach”, conta Daniel.

Anildo Ruechel (Créd. ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO)

“De segunda a sexta trabalhou com carteira assinada e nos finais de semana se dedicava na roça com a esposa e os filhos”, conta o vereador Daniel

O vereador conta que em 1993 Anildo conquistou um grande sonho: comprou 3 hectares de terra do Albano Grade, na Fazenda Pirajá. “O nome do Loteamento Vila das Araucárias foi em função das araucárias que Anildo plantou na propriedade e a denominação da Rua C é uma solicitação de Alcino Nienow, em função da amizade, consideração um pelo outro e dos trabalhos realizados em conjunto”.

Familiares de Anildo Ruechel presentes na sessão que aprovou o projeto (CRÉD. CÂMARA DE VEREADORES DE NOVA PETRÓPOLIS)

 

ANYSIA FRITSCH

Outra agricultora homenageada é Anysia Elisabetha Fritsch, que será o nome da rua A do Loteamento Fritsch, na Linha Imperial. Anysia era filha de Alfredo Henrique Neumann e Elisabetha Neumann. Nasceu em 1940 e faleceu em 1995, aos 55 anos. Ela viveu na Linha Imperial onde foi proprietária das terras que dão origem ao Loteamento Fritsch. “Ela trabalhou a vida inteira na agricultura e era sócia da Cooperativa Piá, da Sociedade Concórdia de Linha Imperial e da Comunidade Católica, fazendo parte da Organização de Senhoras da Comunidade, onde efetuou, em todos, trabalhos voluntários”, conta Daniel.

WERNA MEINERZ

Também agricultora de uma família que já foi uma das maiores produtoras de leite da cidade, Werna Luzina Meinerz (1933-2022) empresta seu nome a uma das ruas do loteamento Altos do CTG. “Werna era agricultora e gostava de trabalhar na roça. Tinha uma grande produção de ovos. A família Meinerz foi um forte produtor de leite, inclusive, muitas vezes, maior produtor de leite da Cooperativa Piá”, conta Daniel. Werna foi proprietária das terras que hoje dão origem ao loteamento Altos do CTG, um dos principais motivos da homenagem.

 

 

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