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DIÁRIO RURAL: Cuidar das orquídeas se tornou terapia e fonte de renda

09/08/2023 - 11h22min

Atualizada em 09/08/2023 - 11h22min

Amarildo mostra sua coleção de orquídeas (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

Amarildo Pellenz é orquidófilo desde 2007 e, neste ano, abriu seu orquidário

GIAN WAGNER BAUM

Nova Petrópolis – O que na infância era um gosto pessoal em cuidar das flores do jardim da avó se tornou para Amarildo Pellenz, 59 anos, uma terapia contra a ansiedade e, mais recentemente, uma nova fonte de renda para o industriário aposentado. A paixão pelas flores vem desde a infância, quando o pequeno Amarildo, que então morava na Linha Temerária, já demonstrava interesse no jardim de flores da avó. Foi com ela que ele aprendeu a fazer as primeiras mudas.

Amarildo cresceu, começou a trabalhar e com o tempo descobriu a ansiedade. “Nunca tive problemas de saúde, só a ansiedade mesmo”, conta. Foi aí, em 2007, que ele decidiu fazer alguma coisa diferente, se inscreveu na associação dos orquidófilos da cidade e passou a aprender sobre a planta. “Foi um doutor do Sindicato, que hoje é falecido, que me deu a primeira orquídea. Tenho ela até hoje”, conta Pellenz. Hoje, ele conta como se tornar orquidófilo ajudou a lidar com a ansiedade. “A melhor coisa é quando posso ficar o dia todo cuidando das plantas. Não tem dinheiro que pague”.

São cerca de duas mil plantas nas estufas do orquidário (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

ORQUIDÁRIO – Desde então, orquidário havia passado a ser uma meta de Amarildo para a aposentadoria. A decisão final foi há mais ou menos um ano, quando um problema no joelho o levou a fazer duas cirurgias. Foi aí que ele decidiu se aposentar e abrir o orquidário. Para isso, ele abriu uma nova estufa comercial, onde tem as plantas da coleção floridas, vasos e diferentes insumos. “Já tenho tudo que a pessoa vai precisar para cuidar da planta aqui”, conta.
As diferentes estufas comportam as plantas em variados estágios. São cerca de 2 mil plantas, desde mudas até flores grandes, híbridas e de espécie. “É uma variedade muito grande”. O orquidário Amarildo Pellenz fica na rua Korbsberg, número 4.620, no bairro Piá, próximo a ERS-235. Amarildo recebe os visitantes de segunda a sábado, das 9h às 18h, e nos domingos das 9h às 12h.

Orquídeas floridas prontas para a venda (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

Plantas colecionáveis, lindas e delicadas

As orquídeas ganharam o coração de muita gente ao redor de todo mundo, uma pela sua beleza e outra pela possibilidade de colecionar diferentes tipos e cores. Hoje existem cerca de 35 mil espécies de orquídeas em todo o mundo, além dos mais de 100 mil tipos de plantas híbridas, quando as orquídeas são misturadas gerando novas cores e espécies.
Já os cuidados, Amarildo resume em três principais: água, luz e vento. “Claro que depende muito da espécie, mas os cuidados principais são a água, não pode ser demais para não apodrecer a raiz da planta; a luz do Sol é importante, dificilmente uma planta vai crescer bem sem luz e o vento, que também é muito benéfico para a planta ficar em local arejado”, explica o orquidófilo.

Uma das plantas mais raras que Amarildo tem. Espécie é da região central e norte do país (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

Premiado
Além das flores, Amarildo expõe seus títulos. Desde 2007 ele participa de concursos por todo Estado e mostrou alguns de seus prêmios. Em 2010, em Dois Irmãos, ele ficou com o primeiro lugar com a melhor Oncidium da feira. Neste ano, em Novo Hamburgo, foi premiado com destaque pela Cattelya Labiata.

 

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