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Diário Rural em vídeo: Pai e filho se dedicam há 20 anos na criação de perus no Campestre

11/12/2019 - 14h35min

Atualizada em 12/12/2019 - 11h11min

São José do Hortêncio – A relação da Família Dill com a agricultura já ocorre há várias gerações na vila de mesmo nome, na localidade do Campestre. O foco de João Ornélio Dill, de 75 anos, e seu filho Ronei Dill é na criação de perus, atividade que exercem há cerca de 20 anos.

Casado com Carmem Gossler Dill, João Ornélio e a esposa têm cinco filhos: Rogério, 51, Rogildo, 50, Rosimeri, 48, Roselei, 45, e Ronei, 43. Eles têm 10 netos. A tradição agrícola já está na quarta geração.
Os antepassados já praticavam a agricultura de subsistência, criando animais domésticos para consumo da família. Primeiramente era plantada a mandioca para fazer farinha. “O meu vovô, Pedro Dill, tinha atafona, espaço onde se mói a farinha, e o meu pai, Jorge Astrogildo Dill, deu sequência a esse serviço.

SUCESSÃO FAMILIAR

Com o tempo houve o plantio de aipim e de laranjas. As frutas eram levadas à Ceasa, mas hoje são vendidas a um intermediário.
“Há alguns dias eu podei alguns pés de laranja com 40 anos”, disse Ronei. Segundo o produtor, as gerações mais novas têm toda a estrutura para dar seguimento à produção familiar.

FORAM CONSTRUÍDOS DOIS PAVILHÕES

O primeiro pavilhão começou a ser construído em 2000 e mediu 110m X10m, e o segundo surgiu em 2005, com 110m X 12m.
Ambos pavilhões têm 24 ventiladores para resfriar o ambiente nos meses de calor, e oito fornos para aquecimento no auge do inverno, entre junho e agosto.
O custo do primeiro empreendimento foi de R$ 80 mil, e o segundo saiu por R$ 110 mil. A média é de 4.500 a 5.000 aves por lote.
Houve períodos de crise, mas estes foram superados, segundo destacam pai e filho.

SERVIÇO EXIGE CUIDADOS

A rotina de Ronei, que atende a criação das aves, começa cedo da manhã e, muitas vezes, vai madrugada adentro, quando é exigido para o controle dos fornos no inverno. As temperaturas não devem ser menores que 23 graus. Os perus machos chegam na propriedade pesando 1,3 quilo e saem com 23 quilos. As fêmeas saem com peso menor, cerca de 4 a 8 quilos. “Os perus comem mais nas temperaturas amenas”, enfatiza Ronei.
Ao todo, passam pelos pavilhões cerca de dois lotes e meio por ano. Já houve perdas e o percentual de mortalidade pode ser de 2% de fêmeas e 4 a 5% de machos, pois eles permanecem por mais tempo confinados.

A IMPORTÂNCIA DO FINANCIAMENTO

João Ornélio tem conta no Sicredi há cerca de oito anos. Ele considera de fundamental importância o produtor ter acesso aos recursos para aplicar nos aviários.
Contudo, destaca que é importante que o produtor saiba administrar bem para tocar o negócio em frente. “A pessoa tem que saber trabalhar e cumprir com as suas obrigações”, destacou o produtor, que completa: “eu tive antigos vizinhos que me ajudaram bastante há alguns anos”.

INCENTIVOS PARA AUXILIAR PRODUTORES

Existe uma lei municipal que concede incentivos aos produtores rurais. O objetivo é proporcionar licenças ambientais, acessos às propriedades, terraplanagem e pagamento de parte do telhado dos aviários.
“O município investe nesta atividade rural, pois ela é altamente rentável em valor adicionado para os pequenos produtores e para o município”, explica o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Breno Käfer.

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