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Diário Rural: produtor de Hortêncio se prepara para a Festa do Aipim

20/04/2023 - 10h02min

Atualizada em 20/04/2023 - 15h40min

Por Geison Concencia

Roque Jung, de 71 anos

Hortêncio – Falta pouco mais de uma semana para a 18ª Festa do Aipim. Um evento que volta depois de cinco anos sem ser realizado, devido a pandemia. Nesta edição, a festa trará inúmeras atrações musicais e atividades para todos os gostos. Mas, a organização do evento não deu holofotes apenas para as bandas, mas, também, para os agricultores que ajudam a preservar a tradição da produção dessa planta no Município.

Um desses produtores é Roque Jung que, aos 71 anos, mantém os trabalhos no campo, com sua plantação de aipim. Há mais de 20 anos preserva essa cultura e garante que pretende seguir até a saúde permitir.

Por dia, Roque chega a colher 20 caixas. Às vezes conta com ajuda de vizinhos, como no tradicional sistema do interior, um ajuda o outro. Por ano, chega a colher cerca de 1500 caixas. O destino desse aipim é a Ceasa, de Porto Alegre.

A área de plantio tem cerca de sete hectares, com muitos pés, que pertencem ao cunhado de Roque. E a terra é bem aproveitada. Para auxiliar os trabalhos nessa área, Roque usa um trator, que facilitou o deslocamento da casa até o campo. São cerca de 2 km para chegar até o plantio e o meio de transporte próprio para isso, facilita. O trator tem um reboque com caixas, que facilitam o transporte da carga até a margem da rua, para que o caminhão leve à Ceasa. Antes, devia ser no braço. Atualmente, Roque planta quatro variedades de aipim: catarina, torre, panelinha e manteiga.

Seca

Roque observa a propriedade em que planta aipim

Roque é um grande especialista na produção de aipim. Duas décadas dedicadas a essa cultura. Além disso, acumula uma vida de trabalho no campo, herança da família, que também se dedicava à roça. Porém, mesmo com a experiência de muitos anos, o agricultor sente a falta de chuva e estiagens anuais que atingem a região. “A seca tem sido grave e prejudica o trabalho no campo. Vamos tentando trabalhar do jeito que dá, mas, ainda, é difícil”, explica Roque.

Além de água, outro tormento para os produtores locais, são alguns tipos de pragas que prejudicam as plantações locais. Ao chacoalhar alguns pés, Roque mostra uma espécie de pulga branca. “Esta, tem sido uma vilã. Um profissional da Emater comentou que é normal esse tipo de ataque. Mas, elas afetam um pouco a produção. Ninguém sabe como eliminá-las por completo ”, ressalta.

 Dicas de plantação

Roque ao lado do pé de aipim tipo torre

Roque aceita dividir um pouco seu conhecimento e revela alguns segredos para plantar aipim. Um deles, e muito importante, é separar as plantas a uma distância que o sol possa penetrar na terra. “Quando elas ficam muito próximas, os raios solares não conseguem chegar até o solo e prejudicam o desenvolvimento delas”, explica Roque.

Outra dica importante, é não deixar as plantas crescerem muito. “O aipim tem uma altura máxima, de acordo com da variedade. Claro, tem a torre que cresce bastante, mas, aí vai do tipo”.

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