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DIÁRIO RURAL: mais uma família de Linha Nova investe na criação de frangos
Por Cândido Nascimento
Linha Nova – São várias gerações da família de Airton Scheibig que, junto com a esposa Lorita, há vários anos exercia o plantio e corte do mato de acácia na localidade de Canto Scheibig. Agora a atividade será terceirizada e a produção do momento está voltada para a criação de frangos, tendo como empresa integradora a Nutrifrango, de Morro Reuter.
Airton, 61 anos, é filho de Urbano e Elci Scheibig, que eram produtores rurais, e Lorita filha de Nildo Maurer e Medi Kempf Maurer, também do meio rural. A atual área foi adquirida por Airton e Lorita. “Foi um serviço que ficou pesado para nós, e temos que cuidar da saúde”, explica o casal.
NOVA GERAÇÃO
Seguindo a necessidade de sucessão rural, a fim de dar a parte administrativa das atividades rurais para as novas gerações, o casal deixa para a filha Marisa e o genro Jeferson Olbermann o cuidado com a chegada, acompanhamento nutricional, temperatura corporal e desenvolvimento das aves.
Os frangos chegam com um dia de vida aos dois pavilhões, e ficam até entre 38 e 45 dias, que é o período da retirada dos lotes, que somam 30 mil aves cada pavilhão e, contabilizando os seis lotes por ano, vão alcançar a totalidade de 360 mil aves.
EXPERIÊNCIA
Há alguns anos Lorita, Airton e a família já tentaram colocar as aves, mas as filhas ainda eram pequenas e não houve coragem. Como a filha Marisa conheceu o marido Jeferson, cuja família já possui aviário em Santa Maria do Herval, a experiência dele veio a somar na nova atividade.
A rotina começa cedo e tem dias que é preciso entrar madrugada a dentro para cuidar a temperatura e incentivar os frangos a comer. “A gente levanta de madrugada para acompanhar como estão se alimentando”, explica Marisa.
Se tudo der certo, destaca Marisa, a ideia é ampliar para 65 mil aves em cada lote, aumentando para 390 mil aves por ano. O lote inicial sai no dia 20 de abril e é deixado um espaço de 14 dias higienizar os pavilhões. O consumo de ração alcança 300 mil kg a cada lote.
ESTRUTURA
A estrutura escolhida pela família foi construir dois pavilhões de concreto de 16m x 160m, no sistema convencional. O local tem fornalha, painel de controle de temperatura e ventiladores, bebedouros e pratos de ração acoplados. O material para acender o fogo que aquece os pintos são cavacos feitos com serragem
FINANCIAMENTO
Foram feitos financiamentos pelo Sicredi e pelo BNDS, para a construção, instalações e a colocação de energia solar. A opção pela energia alternativa é visando diminuir os custos na criação das aves.
Os valores serão amortizados em nove anos, tendo um ano de carência para começar a pagar a prestação, que é anual. A família destaca que os juros baixos facilitaram a busca pelos recurso necessário para o empreendimento.
APOIO FUNDAMENTAL
A família destaca a importância do incentivo da Prefeitura no que diz respeito à terraplanagem, preparando a terra para a construção dos pavilhões, e colocando a tubulação para escoamento da água da chuva. “Se não fosse essa parte da terraplanagem pela Prefeitura a gente não teria feito esse investimento”, destaca Marisa.
Segundo dela, os incentivos públicos contribuem para que os jovens permaneçam no setor rural. Ela agiu de forma contrária, deixou o emprego em uma lancheria e voltou para auxiliar os pais na propriedade familiar, com o foco na nova atividade.