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DIÁRIO RURAL: Nova Petrópolis tem a melhor safra de uva dos últimos anos

24/01/2025 - 09h08min

Atualizada em 24/01/2025 - 09h08min

Colheita manual é feita pela família e garante a qualidade do produto (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

Família Fenner produz uma média de 50t/h no alto da Linha Pirajá

Nova Petrópolis – Na parte mais alta da Linha Pirajá Baixa está localizada a maior plantação de uvas de Nova Petrópolis. A propriedade fica na rua Linha do Sol, antes de descer o morro para o vale do Caí. É lá que Márcio Luis Fenner, 47 anos, produz há muitos anos, auxiliado pela esposa Marivane Luiza Witt Fenner, 43 anos, e a filha mais velha do casal, Caroline Fenner, 18 anos. O terreno elevado e amplo proporciona excelentes condições para o crescimento das videiras e, alinhado ao clima, proporcionou uma das melhores safras dos últimos anos. “O clima ajudou bastante, de chover na hora certa”, explica Marivane. “Apesar de tudo que aconteceu tivemos uma boa produção até agora”, conta Caroline.

Caroline e a mãe Marivane colhendo uvas (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

A produção média é de 50 toneladas por hectare. “Teve uns que deram 57t, 55t, 47t…, uma média de 50”, explica Márcio. “Mas isso aqui na parte da plasticultura. Lá fora dá menos”, diz, explicando que a produção coberta por plástico é maior. “E a uva também cresce mais, tem mais qualidade”, diz Marivane.

A produção tem um bom mercado e vai para diferentes ceasas pelo Sul do Brasil e, até mesmo, pare a região Sudoeste. “Hoje foi um caminhão para São Paulo. Mas vendemos também para Curitiba, Rio Grande, para os mercados aqui da cidade”, conta Caroline.

Marivane, Márcio e Caroline cuidam sozinhos de toda plantação (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

PRODUÇÃO NO SANGUE – O gosto de Mário pela produção de uva veio desde cedo. Quando criança, seus pais, os produtores de gado e leite Ari e Marlene Fenner, já falecidos, tinham uva junto com as demais pequenas produções no vale da Linha Pirajá Baixa. Quando cresceu, passou a trabalhar pela região do Caí com uvas e aprendeu técnicas. Passou a produzir no vale e mais tarde comprou as terras na região alta já pensando na uva. A família chegou a ter outras produções, mas foi a uva que se destacou e hoje é a principal produção município. O trabalho familiar segue passado de geração em geração já que Marivane também é filha de agricultores e, mesmo depois de sair do interior, retornou para trabalhar com a terra. Carol já trabalha com os pais e pretende seguir com a produção. Aos 18 anos, ela já é diretamente envolvida com a agricultura sendo, inclusive, Rainha da 50ª Festa do Figo.

Plantação no alto da localidade com parte ao ar livre e parte coberta pela plasticultura (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

Plantação coberta garante mais produção e melhor qualidade
Um dos segredos para a produção grande e de qualidade está na técnica que Márcio começou a implantar há dez anos. A plasticultura sugere a plantação das videias com cobertura, garantindo alguns controles e protegendo as uvas de ventos fortes e sol direto, por exemplo. “Ele começou quando viu em outra propriedade e viu que dava certo, aí começamos a colocar aqui”, conta Marivane. “Mas a gente faz aos pouquinhos porque é um material caro para cobrir toda plantação”, explica o produtor.

Reportagem de: GIAN WAGNER BAUM

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