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Entrevista com Guilherme Lima, candidato de Nova Petrópolis a deputado estadual

27/09/2022 - 11h54min

Guilherme tem 47 anos e é advogado há mais de 15 (Créd.: Mauro Stoffel)

Nova Petrópolis – Natural de Porto Alegre, Guilherme Ramos Lima vive em Nova Petrópolis há cerca de quatro anos, mas já morou no município também no passado. É formado em direito há 15 anos e atua em defesa dos interesses civis e previdenciários dos gaúchos, em diversos municípios, como Nova Petrópolis e região, Porto Alegre e Santa Vitória do Palmar.

Iniciou sua trajetória política em 2020, ao filiar-se no Republicanos e concorrer ao cargo de vereador. Como suplente, em 2021, enviou uma representação ao Ministério Público contra o “passaporte vacinal” decretado em Nova Petrópolis, alegando violação de direitos previstos na Constituição Federal. Para as eleições 2022, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e concorre pela primeira vez a deputado estadual. Você pode saber mais sobre o candidato em facebook.com/guilhermelima.adv.

Confira a entrevista:

 

O Diário: Por que você entrou na política?

Guilherme Lima: Como advogado, as pessoas traziam até mim todos os tipos de problemas e eu ficava indignado com muitas coisas que eu via em Nova Petrópolis e também em Santa Vitória do Palmar, onde tenho família. Há pouca fiscalização por parte das pessoas e isso faz com que muitos que estão no poder façam o que querem sem serem cobrados.

Em 2020, recebi o convite do Republicanos e decidi me filiar, pois quando se está dentro da política, se tem mais acesso às informações do que um cidadão que está de fora. Como vereador, por exemplo, o prefeito teria que responder legalmente a todos os questionamentos levantados.

 

O Diário: E por que trocou de partido?

Guilherme Lima: O Republicanos não tinha espaço para concorrer a deputado estadual e então o PTB me convidou. Como eu tinha essa meta, aceitei. No entanto, eu defendo as candidaturas avulsas. Acho que não deveria ser obrigatório estar em um partido e as pessoas poderiam lançar candidaturas independentes.

 

O Diário: Como deputado, o que pretende fazer?

Guilherme Lima: Promover leis e projetos em prol das famílias com filhos autistas com o objetivo de ampliar os cuidados com portadores do transtorno do espectro autista (TEA). Essa é uma atenção que eles precisam receber e vou legislar para dar mais qualidade à estas crianças e outras que possuem algum tipo de transtornos.

Como deputado, vou continuar o trabalho que já faço de fiscalização dos recursos destinados aos municípios, combatendo a corrupção e o desvio de dinheiro público. Um deputado tem que entregar um trabalho para o município, e hoje a maioria entrega apenas o dinheiro. Destinar recursos é obrigação de todo deputado, todos fazem isso, mas é necessário mais que isso. É preciso fiscalizar, colocar as leis em prática, dar resultados.

Muitas escolas estaduais já foram interditadas por falta de manutenção e as demandas não param, vão direto para a Secretaria Estadual de Educação. Os deputados podem e devem fiscalizar isso. As pessoas têm que se darem conta disso, de que os deputados precisam legislar e fiscalizar de forma que tenha efeito prático na vida das pessoas.

 

O Diário: E por que você acha que pode fazer tudo isso?

Guilherme Lima: Estou concorrendo por ter um reconhecimento de um trabalho de fiscalização que já desenvolvo, mesmo sem cargo político, e poderei fazer muito mais. Dou exemplos. Em Nova Petrópolis, um advogado contratado pela Prefeitura para defender os interesses do município estava trabalhando a favor de um ex-prefeito e contra a Prefeitura. Ou seja, recebia dinheiro público para atuar contra o município. Entramos com um processo para a devolução dos valores pagos a ele e seu escritório que visa devolver mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Ele e o prefeito da época que o contratou foram condenados em 2º grau, mas ainda cabe recurso.

Em outro caso, também entramos com um processo contra três conselheiros (ex-deputados) do Tribunal de Contas do Estado que queriam receber licenças-prêmio referente ao período que exerceram mandatos políticos sem terem direito. Já foram condenados em 1º grau e se persistir a condenação, eles terão que devolver os valores recebidos, reembolsando o Estado em mais de R$ 1 milhão.

Também estou acompanhando junto o procedimento que está tramitando no Ministério Público sobre o fechamento de uma escola rural em Nova Hartz. O prefeito não está respeitando os trâmites legais e por isso entramos com um recurso no Ministério Público. Estamos tentando manter ela em funcionamento ou então garantir que, se for fechada, sejam respeitados os processos legais, ouvindo os pais e o Conselho de Educação.

Em Santa Vitória, iniciou-se a construção de uma EMEI, trocou o governo municipal e a obra parou. E estou como advogado em um processo para que essa obra seja retomada e mais crianças tenham acesso à educação.

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