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Fábrica de massas caseira é destaque em Birkenthal
Hermes Reich
Morro Reuter – A tradição dos almoços em família serviu de inspiração para o determinado casal Maria Leoni Deimling Stoffel, de 63 anos, e Urbano Francisco Stoffel, de 66 anos, juntamente com seu filho Junior Deimling Stoffel, de 26 anos (que também tem o dom para música que herdou da família), iniciar sua empresa de fabricação de massas caseira. O empreendimento prosperou e hoje está bem estruturado e consolidado. Para garantir a qualidade dos produtos os ingredientes são cuidadosamente selecionados, além, é claro, do toque especial da família: ótimo atendimento e ambiente limpo e bem organizado, o que comprova o respeito pelas pessoas e o amor pelo trabalho.
“A gente fabrica uma massa especial como se fosse para nós, com muito capricho e amor. A melhor recompensa é ouvir das pessoas que a massa é muito saborosa e de qualidade. Isso nos deixa satisfeitos e um incentivo para melhorar cada vez mais!”, disse Maria Leoni.
A ideia de iniciar um negócio próprio foi se intensificando à medida que o trabalho de monitora de escola não era mais possível conciliar com as responsabilidades de mãe. Para Maria, o fato de ter de trabalhar fora e não poder cuidar de seu filho foi o empurrão que faltava para começar uma nova história na sua vida.
“Eu trabalhava de monitora em uma escola do SESI, em Dois Irmãos. Para continuar nesse trabalho eu precisava voltar aos estudos. Porém, meu filho tinha apenas 2 anos de idade e o deslocamento de casa para o trabalho era muito difícil: não se tinha essa facilidade de transporte que se tem hoje. Voltava do trabalho à meia-noite e às 5 horas já tinha que estar de pé para trabalhar novamente.”
Ao decidir se continuava ou não no trabalho, Maria Leoni não hesitou e optou por cuidar do filho. “Pensei para mim, chegou a hora de fazer uma opção: continuar cuidando dos filhos dos outros ou parar de trabalhar para cuidar do meu filho, resolvi começar outra história. Fiquei com meu filho e comecei uma nova história de vida.”
Fábrica de massas vira realidade
A família Deimling Stoffel tinha um desejo, e por isso não desistiu de colocá-lo em prática. Com muito trabalho e persistência atingiu seu objetivo de abrir a fábrica de massas caseira.
“O restaurante do meu marido já não estava mais dando certo. Então, ele decidiu fechar o estabelecimento e foi trabalhar em outro local. Foi aí que resolvi fazer o curso de fabricação de massa caseira, em Novo Hamburgo”, relata Maria que mais tarde colocaria em prática seu aprendizado na localidade de Birkenthal, em Morro Reuter.
Concluído o curso, Maria e seu esposo iniciaram os testes para posteriormente fabricar as massas. Já a comercialização foi feita de porta em porta.
“Peguei uma caixa de isopor, coloquei as massas dentro e saí de carro para vender. No começo não conseguia vender muito, mas fui insistindo até conseguir formar o varejo. Mais tarde, conseguimos entrar nos refeitórios de empresas de Santa Maria do Herval, Morro Reuter e Dois Irmãos. Trabalhamos muito naquela época, era de domingo a domingo”, conta Urbano.
Fábrica começou na garagem dos pais de Maria
O carinho que a família tem pela casa dos pais de Maria Leoni retrata muito bem o sentimento de gratidão pelas conquistas da vida.
“Começamos a fábrica na garagem da casa antiga de meus pais, situada aqui ao lado. Depois, vendemos um terreno e fizemos um empréstimo para construir a fábrica nova (conforme a legislação e o que exige a Vigilância Sanitária) e terminar a nossa casa, que fica em cima do local de trabalho”, conta Maria.
A empresa ficou conhecida por fabricar massa caseira de qualidade e sem conservantes, o que fez aumentar a procura pelos produtos. “Até pensamos em ampliar e colocar funcionários, mas optamos manter o negócio assim como está”, explica Maria.
Hoje, a Deimling massas caseiras e congeladas tem uma carteira de clientes que compreende restaurantes, paróquias, entidades, sociedades e comunidade em geral.
“Nossos produtos não tem conservantes, por isso, vendemos eles congelados. A gente trabalha por pedido e não faz estoque”, conclui Maria Leoni.