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Faça chuva ou faça sol: Família de produtores rurais mantém a sua lida diária na Feitoria Nova

10/08/2022 - 09h50min

Atualizada em 10/08/2022 - 09h52min

Um dos destaques é a criação de porcos na pequena propriedade rural  (Crédito: Cândido Nascimento)
Plantio de verduras e criação de animais é o foco na propriedade
Por Cândido Nascimento

Ivoti – O bairro Feitoria Nova é bastante urbanizado, mas ainda tem as áreas aonde o trabalho da roça persiste, faça chuva ou faça sol. Este é o caso da Família Eidelwein, que cria 70 porcos e tem 13 cabeças de gado, mas também planta verduras, que são vendidas em fruteiras e mercados de Novo Hamburgo.
O forte da propriedade nos tempos iniciais era a criação de alguns animais, mas plantava-se milho e aipim. Parte da produção era para o consumo próprio da família e outra para o trato dos animais.
As variedades de verduras existentes são o repolho, cebolinha, salsa, rúcula e as alfaces americana, lisa, crespa e roxa crespa.

A terceira geração de produtores

Pedro Eidelwein é o nome do produtor que adquiriu a área de terras no bairro Feitoria Nova, também chamado de Buraco do Diabo. O colono já é falecido há 30 anos e o filho, Ivo, hoje com 70 anos, o neto Estácio e sua esposa Cristiani tocam os negócios da família. O casal tem os filhos Simone, 24 e Cristian, 18.
De um trabalho braçal iniciado ao longo dos anos, aos poucos a propriedade foi se automatizando para ter um rendimento maior. O primeiro trator foi um “tobatinha”, que é um micro trator, na verdade. Depois foi adquirido um Yamaha usado e em 2010 um Zero Km, também Yamaha.
Ivo adquiriu ainda um caminhão Mercedez Benz 912, ano 1993, para transporte dos produtos.

TEMPOS DIFÍCEIS

Ivo comenta que no seu tempo de criança já ajudava o pai no serviço da roça, mas era um tempo em que o serviço era mais braçal e demorado. “Eu nasci e me criei na colônia, e naquele tempo era mais difícil, mas com o passar dos anos a gente foi comprando os equipamentos”, relata o produtor.
Hoje são usados o canteirador, roçadeira e pé de pato, mas ainda há o desejo de adquirir novos implementos para auxiliar no serviço diário. A rotina começa por volta das 6 horas da manhã e, geralmente, não tem hora para terminar.

Como fica a sucessão rural

Segundo Ivo, é de fundamental importância os programas do Governo Federal para incentivar a permanência no campo, principalmente para os pequenos produtores. Um dos tratores foi adquirido através do Pronaf Mais Alimentos, e pago em dez anos.
A Prefeitura ajuda com uma parte do adubo, mas existe o anseio por um apoio maior das autoridades em geral, já que os mais jovens não querem permanecer no meio rural. Faltam mais estímulos para que eles queiram seguir atuando na produção de alimentos.
“Vai chegar um tempo em que os mais novos não vão querer ficar na roça e tudo pode terminar”, afirmam Estácio, Cristiani e Ivo. “Desde pequeno eu já tirava leite das vacas, produto que era vendido para a Laticínios Ivoti, mas era pouca produção na época. Não me imagino fazendo outra coisa, apesar que o colono ganha muito pouco pelo que faz”, diz Estácio.

 

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