Final de semana marcado pelo aroma do café, cultura e do espírito comunitário de Morro Reuter

O 6º Café da Colônia atraiu milhares de visitantes ao longo de três dias

Por Cleiton Zimer

Morro Reuter | Com frio e neblina na sexta e sábado e ‘calorzinho’ no domingo, o Café da Colônia atraiu milhares de visitantes que, além de uma vasta gastronomia, desfrutaram de diversas atrações culturais nos últimos três dias.

Feito através das mãos de dezenas de voluntários interessados somente no bem comum, o evento foi realizado por integrantes da Paróquia Imaculada Conceição, cujo resultado será revertido para a comunidade.

Em sua sexta edição, a deste ano foi destaque e mostrou que, de fato, está consolidado no mapa turístico da região. A procura foi grande. Tanto que foram vendidos cerca de 1.300 cartões de forma antecipada, um contraste com os anos anteriores em que, no máximo, se chegou a 400 reservas, revela o integrante do conselho da Paróquia, Adriano Vier.

Evento foi realizado por voluntários da Paróquia Imaculada Conceição

“Estamos bem felizes. Contamos com uma equipe bem preparada para atender a todos”, destacou. A contabilidade de quantos foram vendidos deve ser apresentada nos próximos dias, mas, a expectativa na tarde de deste domingo era de que chegasse perto dos 3 mil cafés. “Nos preparamos para 35% a mais do que os reservados”, afirmou Adriano, que recepcionou todos os visitantes.

Cada kit de café continha delícias como cuca, pão, rosca, linguiça, pepino, mel, nata, chimia e muito mais, tudo preparado por moradores.

Além disso, diversas atrações marcaram a festividade, como show do Badin na sexta-feira, banda Baila Baila no sábado e Musical Choppão no domingo.

Delícias aprovadas por todos

O café foi servido no Salão Paroquial, envolto por uma riqueza histórica exposta no seu entorno, reproduzindo cenários do cotidiano da colônia. Além disso, teve intervenções culturais, com bandinhas e demais atrações. Tudo, para fazer os visitantes imergirem num cenário da colônia.

João Cláudio e Madalena participam todos os anos

João Cláudio Backes, 70 anos, e Carmen Madalena Backes, 74, são moradores da cidade, do Bairro Planalto, e prestigiam o evento todos os anos. “Olha, gostamos de tudo”, disse ele. Carmen frisou que, além de tudo muito bem preparado, há o diferencial que o evento tem um resultado revertido para todos.

Família veio de Gravataí prestigiar o evento

Patrícia Passos, Deisy Passos e Delci Pandolfo vieram de Gravataí. “Já conhecíamos Morro Reuter mas é a primeira vez que participamos do café”, conta Patrícia, que conheceu o evento através da televisão. Ela, junto da mãe e da tia-avó, aprovaram o kit servido, além de desfrutarem das atrações do entorno.

Integrantes das comunidades de Fazenda e Frankenthal degustaram o café no sábado

Os integrantes das comunidades da Fazenda Padre Eterno e Frankenthal degustaram o café no sábado. Participam todos os anos e, mais uma vez, aprovaram as delícias servidas.

Ingrediente principal: o amor

Ao todo o trabalho de preparação, organização, confecção e o de servir nas mesas envolveu cerca de 100 voluntários da Paróquia. Todos, unindo esforços em prol do bem comum.

“Eu gosto de fazer. Cada ano participo. Eu sempre estou nos cortes, da rosca, cuca. A gente tem que fazer assim, se tu pensa nas outras pessoas que também precisam e não podem, e nós podemos.”
Maria Ana Trasel, 71 anos.

“Eu sou de Dois Irmãos e sempre participo de atividades das comunidades, mas aqui é a primeira vez. Isso é muito gratificante. Fiquei na parte de montagem das cestinhas.”
Leonida Backes Klein, 56 anos

“É o terceiro ano que ajudo. Fiz as bandejinhas dos frios. Moro aqui há dez anos, sou massoterapeuta, então, poder contribuir para o desenvolvimento da sociedade como voluntário, a gente se sente motivado repassando amor e gratidão.”
Pablo Antônio Lambrecht, 39 anos

“Estou há 40 anos no Morro e há 40 anos ajudo no Salão Paroquial. Do Café, é o terceiro que participo. Ajudo na montagem dos kits. Dá serviço, desde quinta-feira já estamos trabalhando. Mas é muito gratificante.”
Hélio Zimmmer, 65 anos

A missão é de todos

Voluntários do Rotary de Dois Irmãos ajudaram a servir cafés

Quando o objetivo é o bem comum, a missão é de todos. Por isso o Rotary de Dois Irmãos prontamente foi até Morro Reuter ajudar a servir os cafés.

“Ajudamos no que for preciso. Como aqui no Morro não tem Rotary, então a gente auxilia onde é necessário”, destacou a presidente Rosa Maria Diniz da Silva, 48 anos, presidente do grupo, que apoiou com 10 voluntário no domingo.

Onde o resultado será aplicado

Adriano explica que nos últimos dois anos e meio já foram realizadas diversas melhorias com os eventos da comunidade. Dentre elas um telhado novo, reforma dos banheiros novos, um piso novo no salão, corrimões na frente da Igreja.

Adriano explica que resultado da edição será aplicado na regularização do PPCI

Agora, atenderão a etapa final de 17 notificações, que é conseguir o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) do Corpo de Bombeiros. “Com o resultado deste café, vamos investir nisso”, salientou, agradecendo a todos os que trabalhara e, claro, prestigiaram o evento.

Tradições históricas no Desfile Temático Rural

Na tarde de hoje o ponto alto da programação foi o tradicional Desfile Temático Rural. As comunidades passaram pela Rua Independência com suas carretas, equipamentos e máquinas, num contraste histórico entre as atuais e futuras gerações, traduzindo a clara importância do colono e, também, dos motoristas, como sustentáculo histórico da sociedade.

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Encontro de Carros Antigos foi sucesso pelo segundo ano

Junto ao Café, também aconteceu o 2º Encontro de Carros antigos. Diversas relíquias se reuniram no espaço, num grande encontro de amigos e famílias, junto de gastronomia e boa música.

Maico Klein, um dos idealizadores, disse que foi um sucesso mais uma vez. Somente na parte da manhã vieram mais de 200 carros, além dos que participaram à tarde.

Evento aconteceu ao longo do domingo

O evento contou com clássicos, como fuscas, dodge’s, bel air’s, F-600’s, opalas e até mesmo bicicletas antigas.

“O que é o antigo? O antigo é relembrar história. E todo mundo tem um pouquinho do antigo, aquela lembrança do avô que tinha um carro, do pai, o carro que aprendeu a dirigir. Isso que é o bonito, a amizade que se junta para contar história e que contagia todo mundo.”