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FOTOS E VÍDEO: Produtor consegue colher 60% do milho antes da chuva

05/01/2022 - 11h53min

Atualizada em 05/01/2022 - 12h16min

Presidente Lucena – O produtor Onofre Azevedo, de 56 anos, planta em uma parte da propriedade familiar, existente na rua Lobo da Costa. Ao todo são 27 hectares, divididos, sendo quatro para o plantio de milho, cana-de-açúcar, e o restante fica reservado a potreiros para a criação de gado, num sistema de confinamento. As dificuldades enfrentadas com a seca e com o alto preço dos insumos são desanimadoras, segundo o produtor.

ORIGENS

Onofre é natural de Seberi, e veio para Presidente Lucena com a esposa Silvana Freimuth Azevedo em busca de emprego na antiga fábrica de calçados Dilly. Com o fechamento daquela unidade fabril, ele passou a se dedicar à agricultura. O casal reside há 31 anos no município. O casal tem três filhos homens, de 36, 33 e 32 anos.
Nesta semana, ele recebeu o auxílio da Secretaria da Agricultura na colheita do milho “do cedo”, que plantou no mês ade agosto, e que acredita colher cerca de 60% do que foi plantado. Quando Aos pés menores, ele terá uma perda de 100% da produção.

GADO DIVERSIFICADO

O produtor tem atualmente cerca de 40 cabeças de gado misto, mas já chegou a ter 100 cabeças na sua propriedade, entre vacas leiteiras e o gado de campo, variando entre a raça Angus e Angus Azebuado. A raça cruzada com zebu é mais resistente ao calor. “A ideia é termos uma melhoria genética”, explicou Onofre.

GOSTO PELA LAVOURA

“Eu nasci e me criei na lavoura”- afirma o produtor, integrante de uma família de oito irmãos, e cujos pais chamavam-se Otávio Gonçalves Azevedo e Celina Azevedo. A ideia da agricultura foi como uma alternativa de renda na época.
Com os altos preços dos insumos e mais as dificuldades enfrentadas com a falta de chuvas, o produtor pensa em uma nova alternativa de renda junto com a sua família, pois sente que a idade está chegando e é hora de parar com o serviço pesado.
Como os filhos já estão criados, um é motorista de caminhão e os demais têm os seus serviços, ele vai avaliar o que fará no futuro. “Eles cresceram e tomaram suas próprias decisões”, enfatiza o produtor.
Ele tem uma horta ao lado de casa, onde planta algumas verduras e ainda tem quatro ou cinco porcos para o consumo próprio da família.

AUXÍLIO DA PREFEITURA

Ele exalta o apoio recebido pela Secretaria da Agricultura do município. “Eu recebo o auxílio da Prefeitura, desde a preparação da terra, ao plantio do milho, colheita e no preparo da silagem, além de adubo e outros insumos”, destaca o produtor.
Ele lamenta que a bombona de defensivo aumentou em um ano de R$ 238 para R$ 1.800, quase 1.000% a mais. Já, a ureia aumentou de R$ 86 o saco de 50 kg para 450 o saco, cerca de 500% a mais.
Segundo o prefeito em exercício, que é vice-prefeito e também secretário da Agricultura e Meio Ambiente Luiz Spaniol (Lui), a ideia é prestar uma ajuda, de forma a manter os colonos no campo. “Com esses incentivos beneficiamos a agricultura familiar, pensando, principalmente, nos jovens, que vão dar seguimento ao trabalho dos pais no campo”, explica ele.

SILAGEM

Sobre a silagem, ele vai utilizar aos poucos o milho picado. Uma parte vai cobrir com terra, areia e uma lona, para garantir alimento básico do gado nos meses de inverno, quando não há mais pasto nos campos.; Mas ele complementa a alimentação com cana, ração e adiciona farelo de soja e sal.
“O sal ajuda na alimentação, junto com o milho e os demais componentes da ração, pois ele abre a disposição dos animais para se alimentarem, devido aos nutrientes que ele tem, conclui o produtor.

 

 

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