Geral
Gripe Aviária: RS confirma primeiro caso, mas exportação não será afetada
Região – O Rio Grande do Sul está em alerta máximo para a gripe aviária. Na noite de segunda-feira, dia 29, o primeiro caso da doença foi confirmado em uma ave silvestre encontrada na Reserva Ecológica do Taim, no Sul do Estado. O local já está interditado para visitação.
Ainda na última semana, o Governo Federal havia decretado situação de emergência zoossanitária por 180 dias em função de casos registrados no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Apesar do caso positivo no RS, as exportações de carne e ovos ainda não estão afetadas, de acordo com a Inspetoria Veterinária.
A inspetora veterinária de Ivoti, Dr. Renata Marques, ressalta que o caso no Taim é de uma ave silvestre migratória, cisne-do-pescoço-preto, o que não muda o status do Estado e do País de livre de influenza aviária de alta patogenicidade. Ou seja, a suspensão de exportações da produção local só aconteceria se houvesse uma confirmação de caso na avicultura comercial.
Aviários dentro das normas estão protegidos
Renata conta ainda que a doença não pode ser transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. “As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas”.
Ela destaca ainda que os aviários que fornecem ovos, frangos e matrizes estão todos dentro de um regramento de normas obrigatórias de biosseguridade. Entre elas, está a espessura das telas e o isolamento com o ambiente externo, sem contato com nenhum animal silvestre e/ou doméstico. “Os aviários que seguem os regramentos não têm problemas no momento”.
O único tipo de restrição registrada até o momento foi a da criação das chamadas “galinhas livre de gaiola”. Isto ocorre em função justamente do contato com animais silvestres no ambiente externo, tendo em vista que este tipo de ave é criada com períodos intercalados em pátios cercados e dentro do aviário.
Cuidados e conscientização da população
Como a gripe aviária é transmitida, principalmente, pelo contato com aves infectadas vivas ou mortas, Renata ressalta a importância dos cuidados que a população precisa tomar. Isto porque cabe à comunidade também o papel de vigilância, notificando assim que possível aos órgãos competentes quando perceber uma ave com comportamentos fora do comum e que aparenta estar infectada. “Pedimos para que a população evite o contato e acione o a Inspetoria Veterinária local, o WhatsApp do Notifica (051 98445-2033) ou ainda realize a notificação por meio do e-Sisbravet”, finaliza.