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Há dois anos Noia conquistava o Gauchão e escrevia o nome no futebol Gaúcho

07/05/2019 - 16h43min

O dia é 07 de maio de 2017. O sol se esconde entre as nuvens e começa a dar lugar para a noite no Estádio Centenário, em Caxias do Sul. O zagueiro Pablo se posiciona para a cobrança do pênalti que pode dar o maior título da história do Esporte Clube Novo Hamburgo. O restante do time, o técnico Beto Campos e uma torcida apaixonada observam concentrados o momento que pode escrever o nome do anilado na história do futebol gaúcho. Para chegarmos a esse momento muita coisa aconteceu e essa história começa meses antes.

Em meio a desconfiança e incertezas, o Novo Hamburgo apresentou no dia 23 de novembro de 2016 o técnico Beto Campos. Chegaram ainda ao Estádio do Vale, o auxiliar Darley Costa e o preparador físico Rafael Dias. Se juntaram a eles ainda, o preparador de goleiros Marcelo Rhoden e os fisioterapeutas Eduardo Martins e Gabriel Pires, além do médico Paulo Bergamin. Sem muito tempo para trabalhar e atrasado em relação aos demais clubes, o Anilado precisou ser rápido na montagem do grupo de jogadores. Entre renovações e contratações, o elenco anilado ganhou forma e se apresentou no Estádio do Vale em 12 de dezembro.

Ao longo da pré-temporada, muita intensidade e trabalho. No total, o Noia realizou 3 amistosos preparatórios. Conquistando 3 empates (Veranópolis, Brasil de Pelotas e Cruzeiro) e nenhuma vitória, o que trouxe preocupação para a estreia.

Após muito trabalho e preparação, o dia 30 de janeiro de 2017 marcou a estreia do Novo Hamburgo na competição. Em partida extremamente disputada, com cara de Gauchão, o Noia bateu o Caxias por 1 a 0 no Estádio do Vale. Largando com 3 pontos fundamentais no Estadual. Na rodada seguinte, a surpresa. Com uma atuação impecável, a equipe comandada por Beto Campos derrotou o Internacional, em pleno Beira-Rio, mantendo o 100% de aproveitamento no campeonato.

Nas rodadas seguintes, a surpresa aos poucos foi se tornando afirmação. As vitórias em cima de São José, Juventude, São Paulo e Passo Fundo, garantiram o Noia nas quartas de final do Gauchão. Além de escreverem o nome do Noia na história, com a maior sequência de vitórias seguidas em um início de Campeonato Gaúcho.

Com 6 vitórias em 6 jogos disputados, a sequência marcou os dois únicos tropeços do Novo Hamburgo na competição. O Anilado foi superado por Cruzeiro e Ypiranga, porém se manteve na liderança geral.

Nas 3 últimas rodadas da fase classificatória, mais 3 grandes resultados. Os empates com Grêmio e Brasil de Pelotas, e a vitória em cima do Veranópolis, garantiram o Anilado como o melhor time da primeira fase e trouxeram todas as decisões do mata-matas para o Estádio do Vale.

Nas semifinais, iniciou-se um novo campeonato e a pergunta que todos faziam era: “Onde pode chegar esse time do Novo Hamburgo?“. E a resposta começou a ser dada na Arena. No jogo de ida, em um domingo de Páscoa chuvoso, o Anilado conquistou importante empate em 1 a 1 contra o Tricolor, trazendo pequena vantagem para o Estádio do Vale.

No domingo seguinte, casa cheia e clima de decisão no Estádio Anilado. Novo empate em 1 a 1 e decisão nos pênaltis. Com uma série interminável de cobranças e grandes defesas do goleiro Matheus, coube ao volante Amaral realizar a cobrança que colocou o Novo Hamburgo na grande final do Gauchão.

Nas semanas seguintes, um misto de nervosismo e euforia tomou conta da cidade de Novo Hamburgo. No jogo de ida, em um Estádio Beira-Rio com 43 mil torcedores, o Noia mostrou que não estava na final por acaso, em mais uma atuação quase perfeita, a equipe comandada por Beto Campos esteve na frente por 2 vezes, saindo com um empate em 2 a 2 contra o Internacional.

A partida decisiva foi levada para o Estádio Centenário, no histórico dia 7 de maio. Mais uma vez o Noia saiu na frente. Porém na etapa final, o Internacional empatou, levando a decisão para os pênaltis. Aí brilhou a estrela do goleiro Matheus, ao defender cobrança de Nico López e deixar o Noia em vantagem. Coube ao zagueiro Pablo a missão de cobrar a última penalidade e escrever o nome do Esporte Clube Novo Hamburgo na história do futebol gaúcho.

Festa no Estádio Centenário, festa em Novo Hamburgo, festa no Estádio do Vale. A euforia de um grupo que fez o que para muitos era impossível. A comemoração de uma torcida que acreditou até o final. Um dia que nunca acabará para o Anilado . Aconteça o que acontecer, a história está escrita. O dia 07 de maio, sempre será o dia do Noia. O dia em que o Novo Hamburgo foi o maior time do Rio Grande do Sul.

Fonte: Esporte Clube Novo Hamburgo

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