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Herval decreta situação de emergência com perdas que chegam a 100 % nas lavouras
Por Cleiton Zimer
Santa Maria do Herval – Na segunda-feira, 31, o município decretou situação de emergência por conta da estiagem que assolou a região no final de 2021 e início deste ano. Por mais que a chuva tenha precipitado de forma abundante nas últimas semanas, alguns danos são irreversíveis na agricultura. Desta forma, com a decretação, busca-se um futuro auxílio para os produtores que tiveram perdas, principalmente com as plantações de milho.
As estimativas da Secretaria de Agricultura apontam que, no ano passado, a área plantada aumentou entre 15% e 20% se comparado à safra anterior. Um dos fatores que impulsionou investimentos foi o valor agregado que o grão tinha naquele período. Desta forma os produtores apostaram e cultivaram mais hectares. Agora, com a estiagem, o prejuízo se multiplicou, principalmente com o alto custo dos insumos que foram aplicados.
O secretário Jaime Morschel explica que o plantio feito em meados de outubro foi o que mais sofreu. “Neste milho temos perdas muito grandes que variam de 50% a 100%. Temos lavouras em que se perdeu tudo. Não fizeram espiga, espiga pequena, ou não produziram grão”.
Jaime explica que isso varia de acordo com a região. O lado de Padre Eterno Baixo, Padre Eterno Ilges e parte de Padre Eterno Alto, por exemplo, teve duas vezes mais chuva do que outras localidades. “As comunidades mais afetadas foram Morro dos Bugres Alto, Boa Vista do Herval, Canto Becker, Linha Marcondes e uma parte de Padre Eterno Alto”.
Ainda falta água para consumo humano e animais
Além da agricultura a seca também prejudicou muitas vertentes. A Prefeitura ainda está levando água potável para algumas famílias com caminhão pipa. Reservatórios em alguns locais também estão baixos, prejudicando o abastecimento para os animais e a piscicultura.
Jaime conta que produtores já estão encaminhando os seus seguros. “Por isso precisamos da situação de emergência, quem sabe depois vem uma ajuda do governo, prorrogando financiamentos ou liberando novos com juros melhores”. Cita ainda o milho troca-troca, para que os produtores possam pagar menos por novas sementes.