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Homem que esfaqueou Bolsonaro tem doença mental, afirma laudo

07/03/2019 - 15h54min

Adélio Bispo de Oliveira, homem que esfaqueou Jair Bolsonaro em 6 de setembro de 2018, sofre de uma doença mental chamada transtorno delirante. É o que atesta laudo feito por peritos indicados pela Justiça Federal. De acordo com o documento, o praticante confesso do ataque não pode ser punido criminalmente pelo fato. As informações foram obtidas pela TV Globo junto a pessoas com acesso à investigação e divulgadas pelo G1.

A Justiça Federal já aceitou a denúncia contra Bispo por prática de atentado pessoal por inconformismo político e o tornou réu, mas ainda não julgou o caso. Ele está preso provisoriamente desde o dia do crime, tendo sido transferido para o presídio de segurança máxima de Campo Grande dois dias depois.

O laudo, entregue à Justiça em fevereiro, aponta que o agressor tem a doença chamada transtorno delirante permanente (antigamente chamado transtorno paranoide) e, por isso, foi considerado inimputável. Diz ainda que, em entrevistas com psicólogos e psiquiatras, Bispo afirmou que não cumpriu sua missão, e que iria matar o presidente assim que saísse da cadeia.

Segundo o MPF, há algumas divergências nas conclusões, mas não foram informadas quais seriam. O laudo oficial deve subsidiar a análise pela Justiça de um procedimento para investigar a sanidade mental do acusado, apresentado pela defesa e que caminha junto com a ação penal na 3ª Vara Federal de Juiz de Fora.

Há três possibilidades de conclusão para o caso: 

  1. Adélio ser considerado imputável (nesse caso, responderá integralmente, enquadrado na Lei de Segurança Nacional) 
  2. semi-imputável (redução da pena em caso de condenação) 
  3. inimputável (aplica-se medida de segurança).

Se o juiz entender que ele, de fato, não pode ser punido criminalmente, Adélio pode ser levado para um manicômio judicial e não para um presídio.

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