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Homicídio em Lindolfo Collor teve uma testemunha que jogou para os dois lados

14/09/2018 - 10h22min

Atualizada em 16/09/2018 - 22h54min

Lindolfo Collor – A elucidação da morte de Marcelo Gonçalves, 36 anos, ocorrida em junho deste ano, desafiou o Setor de Investigação da Polícia Civil ivotiense. Embora tenha resolvido o caso em apenas 12 horas, através da identificação do acusado e da identificação do motivo, no decorrer do inquérito os agentes tiveram que administrar alguns percalços.

Douglas Monteiro matou Marcelo Gonçalves

Um deles foi o fato da testemunha chave jogar para os dois lados. Ao mesmo tempo que tinha informações a respeito da morte de Marcelo e foi determinante para a polícia chegar ao autor do crime, também levava informações do que estava acontecendo ao longo da investigação ao acusado, o hamburguense Douglas Rafael Hermann Monteiro, 27 anos.

Esse “jogo duplo” logo foi descoberto pelos policiais, que administraram a situação por cerca de uma semana, quando decidiram apreender o celular do morador de Lindolfo Collor. A estratégia só trouxe vantagens à investigação. No celular apreendido com a testemunha chave, os policiais encontraram conversas entre o morador de Lindolfo Collor e o autor do homicídio que ajudam a incriminar o traficante.

AVISA SOBRE OPERAÇÃO

Marcelo Gonçalves foi morto a tiros

Em uma das conversas, a testemunha avisou o traficante Douglas Monteiro que a polícia poderia voltar a fazer operações de repressão ao tráfico de drogas no município. Numa forma de “ajudar” a facção, a testemunha avisou os “cabeças de lata”, nome dado aos traficantes colocados nas bocas de fumo para vender drogas, de uma possível operação da Polícia Civil.

De fato, dias após o alerta, a Polícia realizou uma operação contra o tráfico e em desdobramento da investigação do homicídio. Na ocasião, os policiais localizaram o QG da facção, mas o local havia sido abandonado pelo traficante um dia antes.

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