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Identificada mulher encontrada morta próximo ao Túnel da Conceição, em Porto Alegre
A Polícia Civil informou que a uma mulher encontrada morta no fim da manhã de terça-feira (11) na Rua da Conceição, próximo ao túnel, em Porto Alegre, foi identificada. A vítima é Ohanna Fagundes Dias dos Santos, de 19 anos.
Segundo a polícia, Ohanna morava com a mãe e o filho.
Nenhum suspeito foi preso até o momento, conforme a delegada Tatiana Bastos, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.
“Nenhum suspeito identificado. A princípio ela não sofria ameaça de ninguém, não tinha nenhuma ocorrência policial registrada contra ninguém, e nem antecedentes policiais, então, a gente está com várias linhas de investigação. Mas pelos elementos já colhidos no local do crime se trata de feminicídio pela possível violência sexual, pelos vestígios de violência sexual que só a perícia vai comprovar se houve ou não”, explica.
A delegada Roberta Bertoldo, que atendeu a ocorrência, informou que a mulher “foi morta com golpes de uma pedra, na face e cabeça”. Ela acrescentou que informações obtidas no local indicam que a vítima seria uma garota de programa.
De acordo com os moradores, a área do crime, embaixo do Túnel da Conceição e na lateral perto da Avenida Independência, tem um histórico de prostituição e consumo de drogas.
Segundo uma amiga da mulher, que foi interrogada pela polícia, a jovem não consumia crack e os programas que fazia eram normalmente em hotéis do Centro.
A suspeita da polícia é de que um homem tenha levado a vítima até o local para a agredir sexualmente.
De acordo com números da Secretaria de Segurança do estado, desde janeiro, já foram registrados, ao menos, 21 casos de feminicídio e 130 tentativas desse tipo de crime, uma média de quase um caso por dia.
“Acho que o termo feminicídio ajudou a revelar o que esta acontecendo com as mulheres. E ele demonstra o que significa ser mulher no Brasil, que são mulheres que estão em extremo risco para situações de assassinatos. Ele é importante, mas ao mesmo tempo, não conseguiu garantir efetivamente uma prevenção. A gente não reduz os números, a gente apenas revela eles mais ainda”, diz a coordenadora da Ong Themis, Renata Jardim.
Fonte: G1