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Idoso que estava desaparecido em Nova Petrópolis tem vivido nas ruas de Porto Alegre
Nova Petrópolis – A Polícia Civil concluiu as investigações sobre o desaparecimento de Alcênio Reinoldo Lüdke, de 66 anos, que havia sumido de sua casa, na Vila Juriti, no final de março quando sua irmã fez o Boletim de Ocorrência para notificar o sumiço.
Uma advogada que representa Alcênio, também conhecido como Popeye, havia entrado em contato com a polícia após repercussão do caso, em setembro, informando que ele estava vivendo em Cachoeirinha, e que tinha deixado Nova Petrópolis por desavença com seus irmãos referente à venda do terreno e da casa em que ele vivia, que pertencia antes à sua mãe, já falecida.
Porém, mesmo com as informações passadas pela Assessoria Jurídica, o delegado Fábio Idalgo Peres determinou que o próprio Alcênio deveria comparecer à delegacia para comprovar que não estava desaparecido, ou que fosse feita uma videoconferência. A segunda opção foi a escolhida.
Prova de vida
Há cerca de três semanas, um depoimento por videoconferência foi realizado como forma de prova de vida. O idoso disse que estava sofrendo ameaças em Nova Petrópolis e que ele mesmo havia enviado diversas cartas para outras pessoas informando desta perseguição. Mas de acordo com o delegado Peres, estas ameaças não são verdadeiras. “Não existe concretamente nenhuma pessoa vindo a ameaçá-lo. Não ficou constatado por parte da polícia nenhuma ameaça concreta à integridade física dele”, disse o delegado.
Herança por receber
O delegado explicou que há dois espólios a receber, de sua mãe e de uma irmã também falecida. Ou seja, herança fruto de bens de seus familiares. E, apesar deste dinheiro a receber, Alcênio disse que encontra-se em Porto Alegre, muitas vezes dormindo na rodoviária – onde foi assaltado – e em diversos outros locais.
Por fim, deixou claro que não quer ter contato com os irmãos, principalmente com a irmã que comunicou o seu desaparecimento.