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Isev confirma R$ 5 milhões de dívidas deixadas em Dois Irmãos
Dois Irmãos – Uma demonstração do resultado das receitas e despesas do Instituto de Saúde e Educação (Isev), que administrou o Hospital São José de 2014 a 2018, aponta que a instituição tem uma dívida de R$ 5 milhões. O relatório foi apresentado para a Prefeitura e também chegou ao conhecimento da Câmara de Vereadores. A dívida de R$ 5 milhões é um contraponto no documento final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara, que investigou a administração do Isev e apontou “lucro” de R$ 11 milhões.
O documento encaminhado e assinado pelo contador José Igor Guimarães Ferreira afirma que o saldo negativo do instituto é de R$ 5.019.865,12. Os valores recebidos pela Prefeitura e Governo do Estado nos cerca de 4 anos é de R$ 53.391.590,97 e os custos com serviços prestados chega a R$ 58.297.296,40.
Do montante de quase R$ 59 milhões de despesas, está relatado, segundo o contador, tudo que foi gasto. A maior cifra, de R$ 31 milhões, é referente a custo de serviços de terceiros, como exames laboratoriais, serviços de nutrição, médicos, radiologia, tomografia, biopsia, coleta de resíduos, esterilização, endoscopia e colonoscopia, coleta de resíduos, ecografia e biopsia. Os custos de pessoal e benefícios é de R$ 15 milhões e, no administrativo, que inclui contas básicas de aluguel, água, combustíveis, energia elétrica, copa, cozinha, entre outros, a soma é de quase R$ 6 milhões. O relatório não apresenta notas e nem a dívida detalhada, como, por exemplo, as empresas e valor que cada uma ainda tem a receber.
CONTRAPONTO – O presidente do Legislativo, Sérgio Fink, ressalta que o documento é assinado pelo contador, o que, segundo ele, traz mais credibilidade sobre os valores apresentados. “Realmente, os valores não estão detalhados com cada dívida ou pagamento específico, mas é um documento oficial do instituto, assinado por um contador. Sobre o lucro apontado na CPI é algo que não tem uma base que nos repasse que os R$ 11 milhões seja verdadeiro. Pelo que analisei, há despesas não citadas na CPI”. Independente a votação contrária ao relatório de conclusão, Sérgio garante que até semana que vem todo material, mais de 4 mil páginas da CPI, estará nas mãos do promotor público, Wilson Grezzana. “Ele vai poder analisar e ter acesso a tudo”.