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Júri Popular de acusados de matar garçom na Picada Café deve ocorrer hoje

28/07/2022 - 07h30min

Acusados do crime: Geovanne Monteiro e Mateus de Lima vão a júri popular hoje (Créditos: Arquivo)

Ele estava marcado para início do mês, mas precisou ser adiado devido a atraso da Susepe

Por: Gian Wagner – gian@odiario.net

Picada Café – Está marcado para hoje em Nova Petrópolis o julgamento dos dois acusados de matar o garçom Alexandro Grott, 32 anos na época do crime, em 2018. O júri popular estava inicialmente arcado para o dia 7 de julho, às 9h, mas foi adiado pelo juiz Franklin de Oliveira Netto. O adiamento ocorreu por causa do atraso da Susepe, responsável pelo transporte do acusado Mateus de Lima (25), sobrinho da vítima. Mateus deveria estar às 9h em Nova Petrópolis, porém às 10h ainda não havia deixado a Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas – há 141 quilômetros de distância.
Com o novo júri popular marcado para esta quinta-feira (27), o Fórum deverá receber os acusados Mateus, já citado, e Geovanne Savedra Monteiro (23), que está preso no presídio do Apanhador, em Caxias do Sul.

REQUINTES DE CRUELDADE – O caso abalou as comunidades de Picada Café, onde Alexandro vivia, e Nova Petrópolis, onde tinha laços de amizade e trabalho. A investigação da Polícia Civil indica que Alexandro foi morto com crueldade. Os bandidos mataram o garçom com uma tiro na nuca, esquartejaram o corpo e queimaram, antes de jogá-lo no Rio Cadeia, próximo a casa de Alexandro.
O que teria motivado o sobrinho Mateus, na época com 21 anos, e Geovanne, com 19, a matar Alexandro é que o garçom não teria deixado Mateus e seus amigos usar a casa como ponto de drogas na localidade de Joaneta, interior do município. Mateus, preso em setembro daquele ano após ficar quase dois meses foragido, diz que a motivação do crime foi passional. Já Geovanne, que foi preso dias depois do crime se escondendo em São Lourenço do Sul, nega a participação no homicídio e diz que teria apenas atuado na ocultação do cadáver.

Alexandro Grott tinha 32 anos e era garçom em Nova Petrópolis (Créditos: Arquivo)

ACUSAÇÕES – Geovanne e Mateus responderão no julgamento por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e pelo furto de uma moto, usada na fuga após o crime.
A moto uma Titan preta, foi encontrada dias depois abandonada em Novo Hamburgo. Ela foi apreendida pela fiscalização em uma rua do bairro Rio Branco. A moto estava mal estacionada e, por isso, foi apreendida no domingo, dia 15. Com a apreensão, se descobriu que ela pertencia ao garçom que até essa data estava desaparecido.

 

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