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Kerb in Ivoti também foi alvo de críticas de moradores e comerciantes
Ivoti – Nem só de elogios foi feito o 26º Kerb in Ivoti, encerrado há duas semanas. Moradores e comerciantes teceram críticas à organização do evento, especialmente quanto à proibição da venda de produtos e até impedimento na entrada e saída de veículos das casas.
Nas redes sociais, o comerciante Paulo Augusto Graffunder publicou um vídeo no último dia 18 de janeiro, em que relata a instalação de tapumes em frente à lancheria da família, localizada dentro do perímetro do Kerb, e dificultando o deslocamento tanto deles quanto de frequentadores. O vídeo tinha cerca de 13 mil visualizações até a quarta, 30.
A lancheria ainda teria sido proibida de comercializar alimentos durante a festa. “Os organizadores nos pagaram certa quantia no ano passado, como forma de indenização pelos prejuízos, e prometeram que seria melhor em 2019. Mas no início deste ano, disseram que não tinham verba para nos indenizar”, diz Patrícia Hanauer, administradora do comércio e esposa de Paulo.
Graffunder contou também que o local ainda tem um veículo para entrega de lanches, porém o automóvel teve de ser estacionado fora do perímetro em função do evento. Também nas redes sociais, moradores externaram a sensação de descontentamento em relação ao Kerb. Um deles chamou a edição atual como “a pior de todos os tempos”.
Respostas
Um dos sócios da Organize Eventos, Everton Schaumloeffel, responsável pela organização do Kerb em 2018 e 2019, afirmou que não iria se manifestar sobre as reclamações. Disse apenas que “seguiu o que estava no contrato”. O vice-prefeito e secretário de Obras, Roberto Schneider (Beto), comentou que foi expedido um ofício explicando que a via poderia ficar fechada por nove dias, e que os comerciantes estavam cientes disto.
Já o procurador do município, Thomas Rost, afirma que não houve nenhuma reclamação formal no sentido da organização do evento, por parte de moradores ou mesmo do Ministério Público. O MP de Ivoti, representado pelo promotor de Justiça Wilson Grezzana, disse em nota ao Diário que, “num caso desses, agirá mediante provocação e, se assim acontecer, estudará o assunto”.