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Lelo diz que base do asfalto era feita pela mesma empresa que fazia a pavimentação

11/01/2024 - 11h08min

Atualizada em 11/01/2024 - 11h08min

Especialista alega que solução que está sendo dada não é a ideal, mas que resolve (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

Rua dos Imigrantes está asfaltada há cerca de cinco anos e já apresenta inúmeros buracos

GIAN WAGNER BAUM

Nova Petrópolis – O ex-prefeito Regis Hahn (Lelo) afirma que, diferente do que foi dito pela Prefeitura, a base do asfalto da rua dos Imigrantes, na Linha Olinda, foi executada pela mesma empresa responsável pela pavimentação. “A gente só fazia a base nas pavimentações comunitárias, quando é licitação assim é a empresa que faz tudo”, explica o ex-prefeito que estava à frente da Prefeitura quando a obra foi projetada e executada.
A informação vai contra a que a Prefeitura tem e trabalha, que é de que a base teria sido feita pela própria Prefeitura e este seria o motivo da empresa alegar não ser responsável pelos danos. O asfalto ainda estava na garantia quando a Prefeitura foi atrás da empresa para falar dos danos e, após a resposta dos executores do serviço, firmou-se o acordo de que a Prefeitura faria a obra de recuperação da base nos buracos. “A solução vista na foto é uma “meia sola” com vida curta, mas melhor que o restante”, explica Jorge Gewehr, profissional do asfalto que trabalhou por muito tempo na Incopel.

TRECHO NÃO É DO FINISA – A pavimentação aconteceu em três etapas. A que está apresentando maiores problemas é a primeira, iniciada ainda em 2018 e que teve obras paradas por um período. Esse trecho foi executado em parceria entre Prefeitura e Daer e fica na segunda metade da estrada, indo em direção a Linha Nova. O trecho do Finisa (o famoso empréstimo de R$ 14 milhões) foi feito depois, e é o asfalto que fica entre a divisa com Vila Olinda e as proximidades do cemitério. O trecho próximo ao cemitério, de cerca de meio quilômetro, foi pavimentado com recurso de emenda parlamentar.

Imagem de arquivo mostra a rua em obras de pavimentação (CRÉD. MARCELO MOURA/ARQUIVO)

Rua recebeu reparos meses depois do asfalto concluído
Ainda em 2019, poucos meses depois de concluir a primeira etapa da pavimentação, o asfalto já precisou ser reparado. Em notícia publicada no final de abril de 2019 foi noticiado que máquinas e caminhões da prefeitura estiveram na parte onde havia o asfalto para realizar alguns reparos no local.

O problema dos asfaltos nas cidades da região
O assunto repercutiu em toda região e mostra um problema enfrentado por muitos municípios: ‘asfaltos eleitoreiros’. Quem explica o fenômeno é Jorge Gewehr, que trabalhou na Incopel, e tem domínio sobre o assunto. “Como em muitos locais, a rocha está muito próxima e cria uma espécie de turfa (terra preta úmida) que tem que ser removida e aplicar uma camada de rachão”, explica Jorge. Ele diz ainda que no local onde está sendo feito o reparo em Nova Petrópolis está sendo usada a brita imprópria. “Na imagem [de Vila Olinda] estão aplicando uma brita 3, imprópria. E sobre o rachão, tem que ter uma brita graduada que deverá ser compactada com este rolo compressor”, conta. “Só que entre o início do rachão até o final da brita graduada compactada, precisa ser no mínimo de 50 centímetros de espessura e aí a aplicação final de 7 centímetro de Asfalto Betuminoso a 130°C. A Brita Graduada tem que ser feita em Usina de Solos com 25% de brita 2; 12,5% de brita 0; 17,5% de brita 1 e 45% de pó de brita, conforme especificações do DNIT. O DAER utiliza 50% de pó, Coisa que não se vê nas obras serranas”.

Pedido de roçada
Os moradores também estão reclamando da falta de roçada no acostamento por toda Rua dos Imigrantes. O mato toma conta das laterais da via, tornando difícil o tráfego de pedestres. “Agora que tá mais movimentado fica ´mais perigoso porque no acostamento tem mato e a gente precisa andar no asfalto”, conta um morador, leitor do Diário.

Mato invade a rua dos Imigrantes e dificulta o trânsito de pedestres (CRÉD. GIAN WAGNER BAUM)

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