Conecte-se conosco

Destaques

Lindolfo Collor: Trabalho em Central de Triagem é motivo de orgulho para famílias

09/07/2019 - 14h26min

Atualizada em 09/07/2019 - 15h33min

Lindolfo Collor – Trabalhar com o que gosta e em um ambiente onde sinta-se à vontade é um diferencial para qualquer um. Na maioria dos dias, a rotina do brasileiro inclui passar mais tempo em horas de serviço na rua do que em casa ou com lazer. Assim, poder sair de casa sabendo que o rendimento do trabalho irá ser positivo é motivador. Já para os 20 cooperativados que atuam na Central de Triagem de Resíduos Sólidos Urbanos do município, isso tudo já é uma conquista.

A Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Lindolfo Collor conta hoje com 12 famílias cooperativadas, que trabalham de segunda a sexta na separação de resíduos urbanos de quatro municípios da Região da Encosta da Serra. O discurso é unânime: todos sentem orgulho da sua função. “As pessoas comentam que nós trabalhamos no meio do lixo, no meio do cheiro ruim, mas já estamos acostumados com isso. No final do mês, o nosso dinheiro vem limpo”, destaca emocionado o presidente da Cooperativa, Cirineu de Campos, de 47 anos, que há 7 anos convive no setor de reciclagem.

Para Ana Lúcia Rodrigues, de 27 anos, que trabalha na esteira de triagem, o seu trabalho é motivador para outros planos. “Nosso trabalho de separação dos resíduos é também a nossa parte com o meio ambiente. E agora também tenho planos de voltar a estudar e seguir na área ambiental”, comenta determinada.

Renda, exemplo e futuro

A família Lamim é um exemplo de que, do resíduo, também pode vir o sustento. Sônia Lamim, de 48 anos, conta que ela e seu marido trabalham juntos na Cooperativa e sustentam toda a família. “Gostamos do trabalho. Também é um exemplo para os nossos dois filhos. O dinheiro que vem é um orgulho. É muito melhor trabalhar com o que a gente gosta”, conta a cooperada que tem 11 anos de experiência na área.

Segundo Cirineu, atualmente a Cooperativa não recebe incentivo financeiro de nenhuma outra entidade ou administração pública. Os meios de produção e a renda gerada ao longo do processo é distribuída entre todos. “5% da renda mensal é destinada para manutenção do espaço e de equipamento. O restante é para a equipe, que em média rende R$ 1.500 mês para cada um”, explica.

Números e distribuição

Atualmente, o local recebe os caminhões de coleta das cidades de Lindolfo Collor, Santa Maria do Herval, Presidente Lucena e Ivoti. Esta última é a única que entrega apenas resíduos secos. De acordo com levantamento realizado pela Cooperativa, mensalmente 350 toneladas de resíduos sólidos chegam até o pavilhão do espaço. Destes, 31,43% (110 toneladas) são encaminhados para empresas que realizam reciclagem.

O material é separado pelo tipo, como plásticos, alumínio, ferro, papel, papelão, vidro e PVC. Após esse processo, os itens são compactados e vendidos para empresas de Porto Alegre, Lajeado, Caxias do Sul e Novo Hamburgo. O resíduo orgânico e que não é possível de ser aproveitado, é levado até o aterro de São Leopoldo.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.