Conecte-se conosco

Destaques

“Mais do que utilizar o espaço como lazer, as pessoas passaram a poluir o meio ambiente”

16/01/2020 - 14h29min

Atualizada em 20/01/2020 - 10h38min

Dois Irmãos – As mudanças sobre acesso e utilização da Cascata São Miguel tem intervenção do Ministério Público de Dois Irmãos há mais de um ano. Gradualmente, foram sendo criados mecanismos para impedir a entrada da população, assim como a determinação oficial de que a área é participar e está em recuperação ambiental. “O que acontecia lá não era turismo. O que aconteceu ao longo dos últimos anos, foi que as pessoas – principalmente moradores de fora da cidade – passaram a usar a área e isso se tornou um hábito, algo comum. No entanto, mais do que utilizar o espaço como lazer, as pessoas começaram a poluir o meio ambiente, deixando rastro de lixo às margens da cascata”, comenta o promotor público, Wilson Grezzana, salientando que rotineiramente a prefeitura precisava limpar a área devido ao grande acúmulo de restos de alimentos, oferendas, latas, garrafas pet, sacolas e demais materiais que degradam o meio ambiente.

PARTE DA USINA E O RESTANTE PARTICULAR

Com o problema da degradação do meio ambiente evoluindo, a promotor realizou reuniões entre as prefeituras de Dois Irmãos e Ivoti, e os responsáveis pela Usina Hidrelétrica. “Nestas primeiras movimentações, houve a descoberta de que a maior parte da área era particular e não pública como se imaginava. Uma parte é da usina, que através de contrato também precisa seguir algumas exigências e tem licenciamento para a atividade, e a outra pertence a um casal. Essa é uma área de herança familiar e os donos nunca demonstraram preocupação ou estarem incomodados com a sua utilização”, explica Grezzana, que logo iniciou a mobilização para a recuperação do ambiente e, com isso, os proprietários também tiveram que se responsabilizar. “Foi feito um acordo e prefeitura e os donos arcaram com o cercamento e plantio de 180 mudas de árvores”.

DEPREDAR A CANCELA PARA ENTRAR É CRIME 

A instalação da cancela também foi orientação do promotor para impedir a entrada dos veículos e, por consequência, maior produção de lixo e degradação do espaço. “Inicialmente, a ideia era colocar a cancela em um trecho mais anterior à divisa com Ivoti, mas isso prejudicaria agricultores que utilizam terras próximas. Ressaltamos ainda que além da área estar em recuperação ambiental, ela é particular”. Sobre a depredação da cancela instalada, Grezzana reforça que isso é crime de dano. “E se o autor for identificado, será penalizado”. Ele deverá ter um novo contato com a prefeitura para pensar em outra forma de fechar a estrada, sendo que a cancela instalada foi depredada nos últimos dias.

Conteúdo EXCLUSIVO para assinantes

Faça sua assinatura digital e tenha acesso ilimitado ao site.