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Mercado Möller completa 25 anos de história em Santa Maria do Herval

15/12/2021 - 13h09min

Atualizada em 24/07/2023 - 13h27min

Paulinho conta que nasceu para ser comerciante (FOTO: Cleiton Zimer)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Todo sonho precisa de coragem e comprometimento para se tornar real. Mas, para que o sucesso se perpetue ao longo dos anos é necessário, acima de tudo, gostar do que se faz. E é por isso que neste mês de dezembro o Mercado Möller, de Padre Eterno Baixo, está completando seus 25 anos de história.

Para comemorar junto com os clientes – além das ofertas semanais – o estabelecimento conta com uma promoção especial até o dia 10 de janeiro. A cada R$ 200 em compras se concorre à 10 vale-compras no valor de R$ 100; mas atenção, os R$ 200 não precisam ser no ato, basta guardar os cupons fiscais de cada compra feita e, no dia 10 de janeiro, somando todos os cupons e apresentando no Mercado, o cliente concorrerá proporcionalmente ao que comprou neste período de 1º de dezembro de 2021 até 10 de janeiro de 2022.

Mercado fica em Padre Eterno Baixo (FOTO: Cleiton Zimer)

Nasceu em meio ao comércio

O proprietário Paulo Moller, de 52 anos – mais conhecido como Paulinho – conta que já nasceu em meio ao comércio e, de certa forma, ser empreendedor está nas suas veias. Já desde criança via o avô Alfredo Möller trabalhando no Armazém de Secos e Molhados, onde vendiam um pouco de tudo mas, principalmente, trabalhando na modalidade de troca-troca com os colonos.

Foto mostra, ao fundo, o salão antigo onde tudo começou (FOTO: arquivo pessoal)

Seu pai Levino Möller, com os tios Lírio, Loiva e Loni, também trabalhavam no antigo Salão Möller, que ainda permanece intacto; lá, além do armazém, funcionava um bar e era ponto de encontro dos moradores dos entornos. Não raras as vezes também eram realizados bailes e festas no local. Inclusive, teve a gravação do filme Homem Sem Terra – a Volta de João Amorim (1996).

O pai de Paulinho, seu Levino, faleceu em março de 1977; o avô Alfredo seguiu com o Armazém até falecer em setembro de 1979. Depois disso, quem assumiu foi a mãe de Paulinho, dona Selívia, que tocou o negócio até 1983 no antigo salão.

O cenário foi mudando e o armazém foi fechado. A família decidiu se mudar para Dois Irmãos e, lá, aos 14 anos, Paulinho começou a trabalhar na indústria de calçados Travesso, que ficava na Av. Irineu Becker, onde está situado o antigo prédio do Fórum.

Empreender está no sangue

Mas dentro de suas veias pulsava o gosto pelo comércio e, em 1989, Paulinho saiu da fábrica e foi trabalhar com seu tio Ilário como varejista na região.

Seguiu neste ofício até meados de 1995 quando começou a trabalhar com Marino Kasper, que tinha um mercado na época em Dois Irmãos. “De moto eu ia de porta em porta fazer pedidos; passava a cada 15 dias em uma localidade. As entregas eu fazia com uma Fiorino ou uma Kombi”, conta, explicando que ia para Padre Eterno Baixo, Serra Grande, Alto Padre Eterno, Ilges e por outras localidades.

Paulinho lembra que chegou um momento em que Marino decidiu que fecharia o mercado para se dedicar à revenda de carros. Este foi um momento decisivo para o então jovem empreendedor. Ele e sua esposa Fernanda Kappes decidiram dar um importante passo que mudaria suas vidas. “Eu disse para o Marino que tinha mais de 100 clientes. Negociei com ele para poder continuar trabalhando com eles, pois eu gostava disso”.

Um passo que mudou o futuro

Estava decidido! Continuariam com o negócio em Padre Eterno Baixo. Compraram a Fiorino, contraíram algumas dívidas e começaram praticamente do zero em 1996, quando abriram o Mercado Möller no mesmo salão antigo onde viu seus avós e seus pais trabalhando por vários anos; colocaram também o bar e, aos poucos, foram ampliando o segmento de mercado.

Na época, o setor calçadista estava no auge na localidade, com a Travesso e a Kunzler com centenas de funcionários de diferentes regiões, que fomentavam o comércio local. “Quem era profissional, ganhava mais de dois salários-mínimos”.

Assim, com muito trabalho, Paulinho e Fernanda superaram os desafios, foram inovando cada vez mais e, em 2003, inauguraram o novo prédio do empreendimento, onde o mercado está até hoje.

Vim para cá quase sem estoque. Vendemos praticamente todos os produtos do salão antigo para poder construir e, depois de pronto, fomos negociando com os vendedores”, explica. A partir de então, no prédio novo, optaram por não colocar mais o bar.

Desafios e superação

Ao longo dos anos o estabelecimento foi crescendo cada vez mais, com produtos diferenciados e de qualidade, ganhando o reconhecimento dos moradores.

Em 2017 o destino foi cruel. Fernanda – que junto com Paulinho construiu este sonho – foi acometida de um grave câncer e não resistiu, falecendo em dezembro daquele ano. “Foi um período difícil”, lembra Paulinho, dizendo que quase desistiu, mas com o apoio das pessoas se reergueu novamente.

O empresário conta que empreender nem sempre é fácil, por isso, é fundamental gostar do que se faz. “Eu nasci para isso, ser comerciante, mas é preciso se empenhar pois, ao contrário, não dá certo. É preciso coragem, trabalho e fazer contas”.

Paulinho agradeceu a todos os clientes que sempre estiveram com ele nestes longos anos. “Sem eles, nada disso seria possível. Então sou grato por toda a confiança que tiveram no meu trabalho ao longo destes anos e espero que possamos continuar, juntos, por muito tempo ainda”.

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