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Metade das crianças desaparecidas não são encontradas

23/03/2018 - 15h57min

Menos da metade das crianças desaparecidas nos dois primeiros meses do ano no Rio Grande do Sul foi encontrada pela polícia. Conforme o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), dos 73 menores de 12 anos que sumiram em janeiro e fevereiro, apenas 38 foram localizados.

O número de desaparecidos entre adolescentes, de 12 a 17 anos, chegou a 743 no mesmo período. Desse total, 574 foram encontrados pelas autoridades.

Nesse contexto, o sumiço e a confirmação da morte da menina Naiara Soares Gomes, de 7 anos, em Caxias do Sul, trouxeram indignação e preocupação a todos que têm a responsabilidade de cuidar de uma criança.

“Cada vez que uma coisa brutal como essa acontece reflete em nós, em termos mais cuidados com nossos filhos”, afirma a professora Arlete Miranda.

A morte brutal da menina também provocou debates sobre a eficiência de velhos conselhos. “Seguir o caminho reto, não falar coisas pessoais, não entrar em carro, não aceita bombom, nada”, diz a representante comercial Michele Rodrigues.

A filha da operadora de teleatendimento Paola Silva está com 14 anos. A família paraense se mudou para o Rio Grande do Sul, mas trouxe junto as recomendações que aprendeu no Norte do Brasil.

“Conversa acima de tudo. Sempre orientamos a não conversar com estranhos, a não seguir estranhos e não acompanhar”, conta.

A delegada Adriana da Costa, diretora do Deca, lembra que os mesmos cuidados que os responsáveis têm quando cuidam das crianças em um ambiente público, como uma pracinha, devem ocorrer dentro de casa. Essa prevenção vale, especialmente, quando as crianças têm acesso a celular e computador, e usam redes sociais.

“Essa pessoa muitas vezes é bem quista na sociedade, é bem relacionada, e muitas vezes as pessoas não desconfiam desse perfil do agressor”, relata a delegada.

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