Geral
Moradores cobram agilidade na conclusão da ponte da Arsilda Train com a 1ª de Maio, em Estância Velha
Por Geison Machado Concencia
Estância Velha – A comunidade que depende do acesso pela ponte localizada entre Arsilda Train e 1º de Maio está impaciente com a demora na conclusão da estrutura, que se encontra há um ano interditada devido à obra. Os carros devem fazer retorno por outros vias, o que aumenta a distância, em alguns casos, em cerca de 2 quilômetros. Para os pedestres, foi instalado uma passarela de madeira.
Um dos motivos para o atraso, segundo um edital publicado no dia 26 de janeiro deste ano, apresenta como justificativa o seguinte texto: “no momento da execução das novas cabeceiras, o solo comportou-se de forma inesperada, ocasionando a paralisação da obra. Ocorreu que as formas e ferragens executadas e preparadas para a concretagem começaram a afundar no solo. Desta forma, foi realizado novo estudo do solo e projeto complementar de fundações, objeto deste contrato”, explica o texto.
O Executivo confirmou sobre o histórico dessa obra. A construtora começou a fazer as vigas e só depois constatou que o solo não contribuiu para a estrutura. Por isso, precisou fazer novas análises de solo e adaptações nas vigas, o que levou a uma parcela dos atrasos.
Além desse problema inicial, o clima instável foi um dos fatores que estenderam o cronograma da obra, que segundo a Prefeitura, precisa de uma boa sequência de dia seco para executá-la. “A Empresa Construlog, responsável pela obra, atualmente aguarda a estabilidade climática para retomar. Ela argumenta que precisa de, pelo menos, cinco dias de clima seco para voltar aos trabalhos. A Prefeitura já notificou pelo menos duas vezes a empresa para que a obra fosse retomada”, descreveu em nota.
Antes havia uma ponte de madeira
A ponte havia sido interditada pela Defesa Civil, que identificou problemas na estrutura. Ela foi removida para execução de uma nova que oferecesse mais segurança aos moradores, no mês de setembro de 2022.
O que dizem os moradores
A moradora Mônica Alves (56) teve um AVC e, com isso, ficou com dificuldades de mobilidade. Ela argumenta que não utiliza a passarela provisória temendo que caia durante a travessia da estrutura. “Tenho medo de passar naquela passarela de madeira e cair na água”, disse Mônica.
Mônica reside há poucos metros da estrutura e relata o desgaste do solo. “Começou a desbarrancar e a rua encurtou de largura. A margem está cada vez sedendo. Tem caminhões que chegam a invadir a calçada para não passar e cair no buraco”, detalha Mônica. A Prefeitura instalou cavaletes no trecho, a fim de evitar que acidentes aconteçam.
Outro morador, Lucas Stocker (31), mora há quatro meses na localidade e questiona situação da ponte. “Sempre que vamos ao mercado, precisamos passar por esse trecho, já que, para evitá-lo a pé, teria que dar uma volta maior. E agora que chove bastante, o acesso fica muito embarrado”, questionou Lucas.
Já João Marcelo (51) disse que está revoltado com a situação da obra. Ele mencionou a demora para ser finalizada e que há muito entulho no local. “Isso é uma vergonha. Está tudo atirado de qualquer jeito”, comentou João.