Moradores são contra Hortêncio ter que pagar mais pela ponte

São José do Hortêncio/ Lindolfo Collor – A maioria dos moradores não concorda que o município pague entre R$ 550 mil e R$ 871 mil a mais pela construção da nova ponte sobre o Rio Cadeia, na divisa do Campestre com a 14 Colônias, em Lindolfo Collor. Segundo os que foram ouvidos, o valor deveria ser dividido por igual.
Pelo acordo entre o prefeito Gaspar Behne e a prefeita Ester Dill Koch, Lindolfo Collor se propôs a pagar apenas o valor de R$ 450 mil, sendo que o limite máximo da obra, conforme os orçamentos realizados pelo setor de Engenharia de Hortêncio, chegam a R$ 1,321 milhão.
Os problemas de corrosão da ponte foram verificados no final de fevereiro e, devido à burocracia, já faz seis meses que ainda não saiu a obra. O processo de licitação está na fase final, pois nesta sexta-feira termina a parte inicial de recursos. De quatro empresas interessadas, duas desistiram e uma foi impugnada por não comprovar a capacidade técnica para construir a ponte, pois trabalha apenas com concreto e não com ferros.
Se não houver recursos referente à licitação, o envelope com o valor da proposta da empresa habilitada, que é de Santa Catarina, será aberto somente na próxima segunda ou na terça-feira, quando então será divulgado pelas Prefeituras quem vai executar a implantação da ponte, que tem um prazo de seis meses para ficar pronta.

Todos falam que o valor deveria ser dividido ao meio

Uma estudante, que é secretária de uma empresa local, mas prefere não se identificar, comenta que a população de Hortêncio é maior do que a de Lindolfo Collor, mas é contra o município ter que pagar mais do que a cidade vizinha.
Um outro trabalhador, de uma oficina local, comentou que deveriam ter começado a reforma da ponte assim que souberam da sua precariedade, e depois ver como fariam para pagar e como seria a divisão dos valores.
Uma aposentada afirmou que o valor deveria ser dividido meio a meio. “Eles acham que só Hortêncio seria beneficiado, mas se eles também vêm para cá, dá elas por elas”, comentou.
Outra moradora, que é empresária, destacou que entende que seria mais justo dividir meio a meio o valor a ser pago pela nova ponte. Ela teve que pagar R$ 100,00 a mais pelo frete de um fornecedor que, por coincidência, é de Lindolfo Collor.

“Não vai ter manutenção”

O vice-prefeito José Maurício Heck, afirma que a ponte será bem mais forte do que a anterior, pois será com reforço na sua base de concreto e não terrá madeirame, mas será com vigas de concreto e ferro.
“Vai ser uma ponte que praticamente não vai ter manutenção a curto prazo, além de pinturas necessárias, e por ser de concreto e ferro, será bem reforçada, e deverá comportar mais toneladas do que a anterior”, destacou Heck.

Acho exagerado pagar mais”

“Eu acho exagerado termos que pagar muito mais do que Lindolfo Collor. Penso que deveria ser meio a meio. Pra mim, todos somos mais prejudicados”- Kurt José Koch, 80 anos

A metade para cada município

“Na minha opinião teria que ser a metade do valor total para cada lado e não tem conversa. Penso que todos os moradores dos dois municípios vão usar por igual a ponte”- Evandro Erbes, 44.