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Morro Reuter: como era São José do Herval antes do asfalto?
Por Cleiton Zimer
Morro Reuter – Aos 63 anos, Jair Alles mora na localidade de São José do Herval há 37 anos com a família. Ele viu o desenvolvimento da localidade que cresceu muito nos últimos anos, principalmente depois que a VRS-873, na qual mora em frente, recebeu a pavimentação. Jair ainda guarda algumas fotos de como era o trecho antes de ser asfaltado e fala de como a obra foi importante para todos os moradores.
“Sempre tinha muita poeira aqui em frente. Havia dias em que não dava para enxergar o outro lado da rua quando passava um carro, principalmente caminhão”. Quando chovia, então, o problema era o barro. “Trabalhávamos na fábrica da Kunzler (que ficava nas proximidades) e tínhamos que caminhar mais de meia hora para chegar lá, sendo que é perto. De carro não adiantava ir, não passava”, recorda.
O problema mais grave, entretanto, era quando aos jovens tinham que estudar fora. “Iam para Novo Hamburgo, São Leopoldo, para estudar. Só que não tinha linha de ônibus que passava aqui por causa da estrada de chão”. Dessa forma, a condução só passava pelo Walachai. Chegavam em casa depois da meia-noite. “Não era nada fácil”.
Estrada era de chão batido, moradores enfrentavam problemas com a poeira e também o barro (FOTO: Arquivo pessoal Jair Alles )
Uma incógnita
Ao mostrar as fotos antigas, Jair explica que quando era apenas uma estrada de chão batido a VRS não tinha nenhum tipo de elevação e, com a obra, o trecho foi erguido em mais de um metro em frente a sua casa. “Na verdade, isso foi um pouco estranho, porquê não tinha a necessidade de colocar tanto material para levantar a via. Era tudo reto”. Ele, assim como demais moradores, questionam o fato da pista ter sido tão levantada, mas, até hoje, não teve uma explicação.
Uma foto antiga mostra que o terreno e a estrada estavam no mesmo nível (FOTO: Arquivo pessoal Jair Alles)