Morto em confronto com a BM em Nova Petrópolis, homem havia tentado matar jovem com cinco tiros à queima-roupa

Nova Petrópolis – O homem que foi morto no último sábado, 14, na localidade de Stille Eck, Jonatan da Costa Ferreira, de 35 anos, em confronto com o Batalhão de Choque da Brigada Militar possuía vasta ficha criminal. Entre os delitos, estão estelionato, tráfico de drogas, furtos e tentativas de homicídio, uma delas em 2014, no bairro Pioneiro, em Caxias do Sul, contra um jovem de 20 anos. Na ocasião, Jonatan deu cinco tiros a queima roupa na vítima, sendo dois no peito e outros três nas costas quando o rapaz caiu. Apesar da gravidade, o jovem que foi baleado passou por cirurgia e sobreviveu sem ficar com sequelas, apenas restando com as balas alojadas em seu corpo.

O crime ocorreu no início de 2014, em um pavilhão de uma escola de samba, por volta da meia noite. De acordo com um termo de audiência, Jonatan estava nesta festa com uma mulher e outros amigos, quando chegou até a vítima e disse “qual é que é?”, e em seguida disparou duas vezes contra o rapaz, que estava com outro amigo. Após ser atingido pelos dois tiros, a vítima tentou segurar os braços de Jonatan na tentativa de se defender, mas perdeu as forças e caiu. No chão, recebeu mais três disparos nas costas. O atirador deixou o local dizendo que ninguém teria visto nada. Pelo termo de audiência, Jonatan teria achado que a vítima estaria olhando para a mulher que estava com ele, no entanto, tanto o jovem quanto as testemunhas negaram e disseram não saber o motivo do ataque, uma vez que ambos não se conheciam e nunca tinham tido contato prévio.

Morte em confronto com a polícia

Jonatan cumpria pena e estava usando tornozeleira eletrônica, quando foi morto na noite do último sábado, 14. A ocorrência começou quando ele agrediu e ameaçou a companheira com um facão e invadiu propriedades de vizinhos. Por volta das 18h30, a Brigada Militar de Nova Petrópolis foi acionada ao local por conta de denúncias de disparo de arma de fogo por parte de Jonatan. Ele era conhecido das guarnições e recentemente foi alvo de uma operação conjunta entre Polícia Civil e Brigada Militar.

No local, os policiais ouviram de vizinhos os relatos sobre as ameaças de Jonatan e fizeram buscas em um mato próximo, mas não o acharam. Mais tarde, às 20h15, a polícia foi novamente chamada porque o apenado estava agredindo sua companheira mais uma vez. Policiais de Caxias do Sul, da guarnição do 4º Batalhão de Choque, foram à propriedade onde ouviram uma mulher gritando por socorro. Na casa foram encontradas duas mulheres e quatro crianças, que estavam escondidas em um quarto. A companheira de Jonatan, de 28 anos, estava com machucados no rosto, cabeça, pernas, costas, braços e na boca. Ela disse Jonatan estava lhe agredindo e ameaçando com uma arma, com um facão e com um rastel.

As mulheres e as crianças foram encaminhadas ao hospital e os policiais iniciaram a busca por Jonatan. Ao avistá-lo no portão do pátio, mandaram-no parar, mas Jonatan abriu fogo contra os policiais, que revidaram. Ele não resistiu e morreu no local. Com ele, estava uma pistola marca Bersa, calibre 9 milímetros, com um carregador e uma munição intacta e mais um carregador com 12 munições intactas no bolso. Próximo ao corpo foram encontrados os estojos deflagrados e o facão utilizado para agredir sua companheira.

Todas estas informações e maiores detalhes estão na edição impressa de segunda-feira, 16, e também em odiario.net.