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MOTOR: falta de chips reduz fabricação de carros

20/04/2022 - 11h18min

Falta de chips reflete significativamente na produção das montadoras Foto: Ilustração

País – A produção nacional e mundial de veículos ainda sente os reflexos no mercado automotivo pela falta de microchips. Existia uma expectativa do setor de que a situação fosse amenizada no primeiro semestre deste ano, o que ainda não está sendo uma realidade. Um dos fatores responsáveis por esse desequilíbrio, está associado a pandemia em 2020, quando montadoras cortaram pedidos e somente retornaram as compras no ano passado. O fato é que a destinação dos semicondutores se voltou para outros segmentos como fabricantes de computadores e smartphones, que não tiveram tantos reflexos em suas vendas.

Um outro detalhe observado que a produção desses chips para indústria automotiva é mais complexa do que para outros segmentos. São mais de 700 etapas ao longo de mais de três meses de uma ponta a outra na cadeira produtiva. Somado a esse cenário de mercado, a guerra na Ucrânia implicou em uma redução de dois terços da produção de gás neon em todo planeta. O elemento é usado na gravação a laser de microchips, o que mais ainda reflete no fornecimento do item eletrônico.

De acordo com dados da Auto Forecast Solutions (AFS); consultoria dos Estados Unidos, que acompanha mais de 400 fábricas no mundo todo, em torno de 10,5 milhões de veículos leves deixaram de ser produzidos ano passado, mundialmente, pela falta de chips. Somente no Brasil, em 2021, em torno de 345,5 mil veículos não foram produzidos devido ao problema em um total de 15 plantas de montagem de carros e utilitários leves.

Os números recentes da AFS, de fato, comprovaram que o cenário não teve melhora no começo deste ano. Muito pelo contrário, somente nos primeiros dois meses, as perdas de produção chegaram a 929,5 mil unidades. Aqui em solo nacional, em janeiro e fevereiro, a baixa é de 37,7 mil veículos.

Semicondutores são muito empregados em equipamentos eletrônicos
Foto: Pexels / Ilustração

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