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MST ocupa terras nesta madrugada em Taquari
Taquari – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu ocupar 460 hectares de terras da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).
A ação ocorreu durante a madrugada deste sábado. O MST informou ao portal Agora do Vale que a ocupação é por tempo indeterminado e que tem a intenção de discutir a reforma agrária com o Governo do Estado.
Ao todo, ainda conforme informou o MST, 200 pessoas ligadas ao movimento estão no local. A ocupação é coordenada por Roberto dos Santos Gaiardo.
Segundo os sem-terra, as áreas estão desativadas desde o governo Sartori e são produtivas, já que no local eram feitas pesquisas sobre produção agropecuária, vegetal, animal e derivados.
Em seu site, o MST informa que no momento em que os acampados chegaram no antigo Centro de Pesquisa Emílio Schenk, se depararam com uma situação de total abandono, com documentos e móveis cobertos de sujeira. “O governo alega à imprensa que aqui ainda são feitas pesquisas, mas tudo está abandonado. Ela poderia ser utilizada para produzir alimentos e cumprir sua função social”, argumenta Roberto Gaiardo.
Ele acrescenta que o MST não bloqueou o acesso, nem impede a entrada de veículos na área. Os trabalhadores estão abrigados em barracos de lona preta e não se utilizam de nenhuma estrutura do local, como água ou energia elétrica. Hoje pela manhã, a Rede Soberania esteve no local e conversou sobre a situação da unidade e da Reforma Agrária.
Os trabalhadores afirmam que apoiam as pesquisas que eram feitas pela Fepagro e que, se a área for destinada a assentamento, têm disponibilidade de fazer parcerias com o governo do Estado, principalmente no que se refere ao resgate de sementes crioulas.