Geral
Não conseguiu ver conjunção de Saturno e Júpiter ontem?
Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do sistema solar, se alinharam na segunda-feira (21) em um evento raro, conhecido como “Estrela de Belém”, “Estrela de Natal” ou “grande conjunção”. O fenômeno, apesar de visível a olho nu, acabou encoberto pelo mau tempo em diversas partes do Brasil.
Em Belo Horizonte, algumas pessoas tentaram ver a conjunção do alto do mirante do Belvedere. Mesmo os que estavam munidos de binóculos, acabaram sem ver a “Estrela de Belém” por conta da alta densidade de nuvens no céu.
á em São Paulo, o céu também esteve encoberto em diversos pontos da capital paulista, o que impossibilitou a visualização do fenômeno astronômico. Apesar de os dois planetas terem atingido seu ponto mais próximo da conjunção, ainda é possível ver os astros se afastando até o fim do mês.
É o que explicou o astrofísico do Centro Universitário FEI, Cassio Barbosa. Segundo ele, a cada dia, os dois planetas se afastam mais e podem ser ofuscados pela luz do sol.
“É claro que o máximo seria hoje [na segunda], mas amanhã [terça-feira] a distância entre eles vai ser bem pequena”, disse Barbosa. “Agora vão até o clarão do sol engolir os dois. Eu diria que até dia 31 ainda se vê alguma coisa com dificuldade. Mas os dois estarão bem separados.”
Segunda chance
A pesquisadora Josina Nascimento, do Observatório Nacional, disse que ainda será possível visualizar o evento astronômico ao menos nesta terça-feira (22). Essa é uma segunda chance para quem tentou e não conseguiu observar o fenômeno na segunda.
Ela e outros pesquisadores participaram de uma transmissão promovida pelo Observatório. Ela disse que, nos próximos dias, os planetas tendem a ficar cada vez mais baixos no horizonte no começo da noite e irem se afastando cada vez mais um do outro, deixando de parecer como uma estrela única.
Nesta segunda, o evento atingiu seu ponto máximo, e nos próximos dias os planetas começam a se mostrar como dois pontos no horizonte.
Conjunção entre planetas
As conjunções são raras porque cada planeta demora um tempo diferente para girar em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva 1 ano.
Já os planetas Júpiter e Saturno completam a volta em cerca de 12 e 30 anos, respectivamente. A trajetória de Saturno é identificada pela linha amarela com maior circunferência e a de Júpiter, pela branca de maior raio.
Segundo astrônomos, Júpiter e Saturno estiveram tão próximos assim pela última vez em 1623. O fenômeno mais similar, porém, ocorreu no século 13, há quase 800 anos.
O fenômeno fica visível após o pôr do sol, na linha do horizonte – mas a cada dia, se aproxima mais do horizonte até deixar de ser visto.
Crédito: G1