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Não há provas sobre supostas irregularidades em urnas de Ivoti
Ivoti – Denúncias de supostas irregularidades no processo eleitoral passaram a circular nas redes sociais desde o último domingo. Dia em que os eleitores foram às urnas e escolheram os novos representantes. Uma dessas denúncias parte de um comentário de um eleitor de Ivoti que afirma ter ouvido relatos de que quando se votava para governador a urna encerrava o processo de votação, impedindo assim o voto para presidente. O mesmo comentário foi endossado por uma mesária que reitera que de fato isso aconteceu no local onde a mesma estava a trabalho da Justiça Eleitoral.
A suposta irregularidade teria acontecido na seção 20, que fica na Escola Mathias Schütz, no bairro Farroupilha. Segundo o Cartório Eleitoral há apenas o registro de uma ata, onde é descrito que um eleitor de fato não conseguiu concluir seu voto para presidente. Mas as causas não foram registradas.
Hipóteses apuradas podem concluir que o eleitor em questão pode ter digitado errado ou até mesmo confundido a ordem de votação e nisso ter apertado a tecla confirma, o que pode ter anulado seu voto. Ou então, ter confirmado seu voto sem esperar que aparecesse a foto do candidato na urna. “Não conseguimos detectar o porquê do ocorrido, até mesmo porque o mesário não tem como ter certeza, já que não pode acessar a urna enquanto o eleitor estiver votando”, comenta a chefe do Cartório Eleitoral, Detiana Custódio. “Se fosse um problema com a urna eletrônica, teriam mais registros. Então pode ter sido mesmo falha humana”, completa Detiana.
Confira o que diz o Cartório Eleitoral:
Diário: Existe algum registro ou ata do que de fato aconteceu?
Detiana: Nós temos o registro da ata da seção 20 na zona 118, onde foi anotado “que um eleitor afirmou que a urna encerrou antes de conseguir confirmar seu voto para presidente”. Queria ressaltar que nessa seção são 255 eleitores cadastrados e teve sete ausências, então o comparecimento foi superalto, quase a totalidade. E somente um registro de reclamação de uma pessoa. Não temos como comprovar a veracidade do fato porque o eleitor estava sozinho na frente da urna.
Diário: Um mesário pode falar abertamente em redes sociais sobre atas que dizem respeito à eleição?
Detiana: Pode sim. Desde que sejam verdades. Não pode falar coisas que não tenham como confirmar. A Justiça Eleitoral sempre preza pela transparência para que as pessoas acompanhem e fiscalizem o processo eleitoral.
Diário: Nos comentários, um outro eleitor comenta que houve vários casos em Ivoti. Caso essas outras denúncias sejam inverdades, isso pode prejudicar o processo eleitoral?
Detiana: Nós ainda estamos em processo de leitura das outras atas. Onde vamos verificar se houve mais registros em outras seções. No meu ponto de vista se forem inverdades, eu acredito que prejudica processo eleitoral no sentido de espalhar desconfiança da população em torno das urnas eletrônicas. Ainda mais em tempos de fake news e boatos na internet.
Diário: Há punição para quem divulga fake news sobre processo eleitoral?
Detiana: Se falar uma inverdade ela pode ser processada tanto na Justiça Eleitoral quanto na Justiça comum, por agir de má fé ou até mesmo por calúnias.
Diário: Como os eleitores podem verificar a veracidade de informações?
Detiana: Caso as pessoas tenham dúvidas a respeito de informações sobre o processo eleitoral, elas podem procurar o cartório mais próximo ou então acessar site de portais confiáveis e os sites oficiais da Justiça Eleitoral.