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Nova Petrópolis recebe formação sobre o Transtorno do Espectro Autista
Nova Petrópolis – Profissionais da rede de ensino participaram de uma formação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sexta-feira, 12. A capacitação, organizada pela Prefeitura e ministrada por uma equipe dos centros regional e macrorregional TEAcolhe do governo estadual, preparou as equipes para lidar com as diferentes características dos estudantes que vivem com o autismo.
O evento, realizado na sala Edio Spier da Sicredi, contou com a presença do prefeito Darlei Wolf e da secretária de Educação, Gislaine Leal. Profissionais das escolas públicas e privadas, Apae e o Espaço Multiprofissional de Atenção à Infância e Adolescência (Emaia) também estiveram presentes.
Durante o encontro, o prefeito expressou sua gratidão pela adesão dos professores e servidores ao curso, destacando a importância que o Poder Público atribui a essa área. Darlei ressaltou que a educação sempre foi uma prioridade, independentemente da instituição ser pública ou privada. Ele enfatizou que a inclusão no ambiente escolar tem sido cada vez mais direcionada e que é essencial estar preparado para oferecer um ensino de qualidade a todos os alunos.
Como identificar
O psicólogo do Centro Regional, Alisson Rozo, discutiu as características que ajudam a identificar uma pessoa com TEA e explicou a existência de três níveis de suporte para compreender a gravidade desse transtorno. Também contribuíram para a formação a coordenadora do Centro Macrorregional TEAcolhe da Serra, Juliane Zalamena, a fonoaudióloga Ana Paula Dosso e a psicóloga Thamyres Speransa.
Além disso, a capacitação abordou hábitos de vida que podem influenciar a prevalência de pessoas com autismo, enfatizando que não há uma causa única para o transtorno, mas sim múltiplos fatores. Os profissionais também destacaram o aumento de casos diagnosticados, citando uma pesquisa americana que revelou uma prevalência de um caso de autismo para cada 36 pessoas na faixa etária de 8 anos em 2020, comparado a um caso a cada 110 pessoas em 2010.
Documentos
Para auxiliar no acompanhamento dos casos e facilitar a implementação de políticas direcionadas, foi desenvolvida a “Carteira de Identificação da Pessoa com TEA”, que contém informações cruciais, como nome, filiação, endereço, tipo sanguíneo e até mesmo medicações utilizadas pelos indivíduos com TEA.
Além disso, o curso incluiu atividades práticas que visavam identificar o perfil de cada aluno por meio de uma anamnese detalhada, além de desenvolver planos individualizados com orientações específicas. Essas ferramentas têm o objetivo de auxiliar no trabalho desempenhado nas escolas, proporcionando um atendimento mais adequado e personalizado aos estudantes com TEA.
O evento ressaltou a importância de reconhecer e compreender as necessidades dos indivíduos com TEA, uma vez que suas características podem variar amplamente. Ao promover a identificação por meio de documentos e itens simbólicos, como cordões e broches com o símbolo de um quebra-cabeça colorido, é possível criar uma rede de apoio mais eficaz e garantir uma inclusão mais efetiva na sociedade.