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O drama de um idoso que luta contra a dengue, em Ivoti

17/05/2023 - 16h01min

Atualizada em 17/05/2023 - 17h36min

Armindo Dietrich de Oliveira, na sala de sua casa (FOTO: Geison Machado Concencia)

Armindo Dietrich de Oliveira, de 77 anos, está há 10 dias enfrentando os sintomas

Por Geison Machado Concencia

Ivoti – Dor, febre, náuseas e muitas idas e vindas no posto de saúde. Tem sido essa a realidade de Armindo Dietrich de Oliveira, de 77 anos, que há pelo menos 10 dias sente os males da dengue. Justamente ele, que já enfrenta muitas enfermidades. Agora, convive com os sintomas devastadores provocados pelo mosquito Aedes aegypti.

É a primeira vez que o morador do bairro Bom Jardim teve dengue. Um golpe a mais para quem, não faz muito tempo, pegou Covid. Armindo se surpreende com essa situação, porque nunca testemunhou uma infestação como essa na cidade. “Nunca vi isso. Fechamos toda a casa e passamos o que dá de veneno, mas, mesmo assim, eles nos perseguem. É inacreditável, não sei de onde eles vêm. Tentamos preservar o máximo o terreno para ficar livre de focos do mosquito. Porém, ainda assim, surgem alguns”, explica Armindo.

Desde que começou os sintomas, só teve um dia que Armindo não foi ao Mais Vida, na terça-feira, dia 16. Além disso, alguns agentes de saúde estiveram em sua casa para verificar a condição de saúde desse cidadão de 77 anos.

Casos em Ivoti
O município ocupa a sexta colocação no ranking estadual de casos conformados de dengue. Ao todo, são 663 casos confirmados. Felizmente, nenhum óbito. De notificações, acumula 904 e 120 em investigação.

À frente de Ivoti estão Ijuí, Porto Alegre, Encantado, Novo Hamburgo e Ibirubá. No Rio Grande do Sul, morreram 31 pessoas devido à dengue. Desses, 13 vítimas com 80 anos ou mais. O balanço da Secretaria de Saúde do Estado aponta ainda que 53,49% dos óbitos são do sexo feminino.

Ações da Prefeitura
Para combater o Aedes aegypti, a Prefeitura tem desenvolvido um programa de pesquisa, que se chama Liraa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti). Trata-se de um estudo que utiliza métodos de estatística para averiguar os locais com maior probabilidade de incidência de focos da dengue, através de software desenvolvido pelo Ministério da Saúde.

A partir dos dados coletados por esse computador, são feitos visitas e coletados amostras para análise. Com base nesses dados, os agentes sabem os melhores locais para se trabalhar.

Além da coleta de dados, a Prefeitura tem intensificado as visitas e as denúncias chegadas até o Executivo. “Vale lembrar que a eliminação dos focos é mais efetiva do que as pulverizações (comprovado com dados). Por isso, a contribuição da comunidade é de extrema importância”, ressalta a nota da Administração Municipal.

Sintomas

Para quem trabalha na linha de frente da saúde, este ano, não tem sido fácil. Segundo a enfermeira Priscila Angst, do Mais Vida, ela tem notado um aumento considerável de casos, em relação ao ano passado. “Tem muitas pessoas, inclusive, as crianças. Do ano passado para cá, notei agravamento de sintomas. Exemplo: coceira e vermelhidão pelo corpo, dor nas articulações, astenia, inapetência. As pessoas precisam se atentar para sangramentos”, destaca. Os sintomas, ainda, podem incluir febre alta (39 – 40), diarreia e vômito

A enfermeira também lembra para ter cuidados com a automedicação. Não pode tomar anti-inflamatórios nem anticoagulantes.

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