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O varejista de 71 anos que começou a atender os clientes de bicicleta em Santa Maria do Herval

23/08/2024 - 12h28min

Flávio tem 71 anos e nem cogita parar de trabalhar – não por necessidade, mas por gosto (FOTOS: Cleiton Zimer)

Mesmo aposentado, segue motivado, levando produtos para dezenas de famílias

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval | Frutas fresquinhas, verduras e hortaliças colhidas na própria horta, simpatia de sobra e alegria que contagia. A Kombi de Flávio Vier, 71 anos, não carrega somente produtos para as mesas de dezenas de famílias, mas sobretudo, a história do verdureiro mais antigo do Teewald – e que gosta, muito, do que faz.

Solteiro e sem filhos, o morador do bairro Vila Nova segue se dedicando ao trabalho mesmo aposentado. Afirma que vai continuar enquanto puder. “Podia parar, jogar baralho, fazer festa. Mas não. Este serviço de deixa saudável”, pontua, em meio ao sorriso de quem está realizado com o que faz. Revela que até o médico o aconselhou. “Ele disse: sei que tu gostas muito.

 Não tinha habilitação

 Flávio conta que começou a fazer varejo há cerca de 30 anos. No início, trazia os produtos de moto até a casa de um irmão, no Centro, e, como não tinha habilitação, pegava uma bicicleta e entregava para os clientes.

 A quantidade, claro, era menor. Mas aos poucos foi caindo no gosto da freguesia, aumentando a demanda gradativamente. Hoje, distribui os produtos de Kombi.

Ele mostra, com orgulho, os produtos fresquinhos que carrega.

 Planta, colhe e entrega

Tem de tudo para vender, com foco sempre na qualidade. Ele mesmo produz o que pode, mas, isso sempre varia conforme a época do ano – então, algumas coisas acabam vindo da Ceasa.

Agora colhe em abundância variedades como bergamota, feijão, repolho, alface, batatinhas. “Depois vem pepino, vagem. De tudo estou.”

 Faça sol ou faça chuva

 Ele atende o Centro, parte de Boa Vista do Herval, bairro Amizade, Vila Seger e Morro Closs – em diferentes dias da semana. “Dias de chuva, sol, frio, calor, sempre vou. Tenho minhas encomendas para atender.”

 Muitas vezes, o cliente já deixa reservado o que quer para a próxima semana. Flávio registra tudo no seu caderninho.

 O homem das notícias

 O aposentado conta que, o que mais o fascina, é o estar entre as pessoas. “Conversar com todos. Cada um tem um assunto. Aí conversa aqui, ali, e o tempo vai passando.”

 Antigamente, quando não tinha jornal, por exemplo, era ela que levava as informações. “Sempre trazia as novidades”, disse Iara de Freitas, do Centro, que é cliente desde a época da bicicleta. E atesta: “os produtos são sempre fresquinhos e de qualidade.”

 

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