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Onda de frio na Europa deixa mais de 20 mortos
A Europa segue nesta quarta-feira (28) sob efeito da forte onda de frio polar que já matou 24 pessoas e cobriu de neve até algumas praias do Mediterrâneo, nas ilhas de Córsega e em Capri.
Com temperaturas glaciais, de -29º C na Estônia e -24ºC em algumas regiões da Alemanha, vários países enfrentam problemas com os transportes terrestre e aéreo e já lançaram advertências sobre a população mais vulnerável, como idosos e moradores de rua.
A meteorologia britânica informou que algumas comunidades rurais podem ficar isoladas durante vários dias pela neve e alertaram sobre a possibilidade de “longas interrupções no fornecimento de energia elétrica e de outros serviços como as redes de telefonia”.
A Itália também sofre com as temperaturas gélidas. Muitas escolas e permaneceram fechadas e o serviço nacional de ferrovias registrou interrupções pela falta de equipamentos para retirar a neve, o que obrigou alguns funcionários a limpar as vias com as mãos.
A empresa russa Gazprom, principal fornecedora de gás na Europa, afirmou que nos últimos seis dias enviou quantidades recordes ao continente, com um pico de 667 milhões de metros cúbicos na segunda-feira.
Mortes
O maior número de mortos até o momento foi registrado na Polônia – nove. Cinco morreram na Lituânia e quatro na França, onde o corpo de um homem de 90 anos foi encontrado na entrada de um asilo.
Três pessoas morreram na República Tcheca e duas na Romênia (incluindo uma mulher de 83 anos que foi encontrada na rua, coberta de neve). Um morador de rua não resistiu ao frio na Itália.
Pedido de cobertores
Algumas cidades belgas, como Etterbeek e Charleroi, autorizaram a polícia a prender os moradores de rua que se recusam a seguir para os abrigos.
A Cruz Vermelha, que mobilizou equipes de emergência em toda a Europa, fez um apelo para que as pessoas fiquem atentas aos vizinhos e parentes
“O simples fato de bater na porta de alguém para comprovar que tem todo o necessário pode fazer uma grande diferença. Pode, inclusive, ser a diferença entre a vida e a morte”, afirmou a organização.
A Cruz Vermelha também iniciou uma campanha para arrecadar 10.000 cobertores na França. De acordo com um censo realizado na semana passada, pelo menos 3.000 pessoas dormem nas ruas de Paris.