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Picada Café: conheça Pedro Klauck, o homem que esta semana completou 50 anos dedicados à música alemã

16/06/2021 - 09h41min

Atualizada em 16/06/2021 - 09h43min

Picada Café – Numa casa simples, ao lado da Rua Farroupilha, na localidade de Quatro Cantos. Mora ali um personagem que em 2021 completa 50 anos dedicados a música alemã. Seu nome, Pedro Klauck, um senhor de 67 anos, agricultor aposentado mas que segue na profissão, que há cinco décadas divide o tempo em família, com a agricultura, e os palcos do Estado. Ao lado dos filhos e também músicos, Sinésio (baterista) e Alexandre (gaita e teclado), além da esposa Marlisse, ele recebeu o Jornal O Diário nesta terça-feira quando contou um pouco dessa paixão, dessa vida dedicada a música e alegria.

TUDO COMEÇOU EM 1971
Muitos de nós sequer havíamos nascido. Mas a paixão se Pedro Klauck ao saxofone iniciou na década de 70. Em 1971, conta ele, veio o primeiro convite para participar de uma banda. “Foi a Banda Flor das Hortênsias, de Gramado. Depois disso nunca mais parei”, lembra o aposentado. A vida nos palcos, lembra ele, foi se alastrando até que em 1984 a banda foi extinta. Mas pensem vocês que ele parou, desistiu? Não. Surgiu ali a oportunidade de mudar e dessa vez ingressou na Banda Aliança, essa com sede em Dois Irmãos, espaço que ocupou até 1987.

PKS: UMA BANDA COM O PRÓPRIO NOME
Quis o destino que no final da década de 80 seu Pedro lançasse um novo projeto: uma banda própria. Surgia em 1987 o Musical PKS. “Essa era as iniciais da banda. Uma alusão a Pedro Klauck Show”, recorda o músico ao lado dos filhos e da esposa. O PKS foi um musical que animou eventos na região durante três anos.

MUSICAL QUANTUM: 31 ANOS NOS PALCOS
Quem conhece a família Klauck associa logo ao Musical Quantum. A banda surgiu em 1990. Nesse ano a PKS se formou no Musical Quantum. A troca de nome surgiu numa roda de conversa entre os músicos. “Dentre eles estava o Lotário Heckler que por muitos anos tocou com a banda”, declarou Pedro. O filho Alexandre explica da onde surgiu o nome Quantum. “Na época era comum surgir bandas com nome de veículos. Havia a Banda Voyage, Musical Santana, dentre outros. O Musical Quantum surgiu a partir do Santana Quantum, e ficou até hoje”, declara o músico.

CARTEIRINHA DO MÚSICO DE 1971
Conversar com o músico é recordar os 50 anos. E o que não faltam são histórias. Desde as bandas que participou, dos bailes que não saíram por falta de luz, dos lugares onde Pedro e os músicos conheceram… Fotos é o que não faltam desses 50 anos dedicados a música. Outra coisa que marca a história são documentos. A Carteira dos Músicos do Brasil foi concedida ao cafeense em 18 de dezembro de 1.971. Já o certificado de habilitação de músico chegou em 1.975.

Esposa Marlisse: companheira de todos os momentos
Ser músico é abrir mão de muita coisa. Seu Pedro sabe bem o que é dedicar 50 anos a banda e aos palcos. Casado desde 1.976 com dona Marlisse, com quem possui quatro filhos: Denise, Carla, Alexandre e Sinésio. Criar os filhos quando o pai saía tocar não foi fácil, garante dona Marlisse. “A gente morava com o vô Theobaldo e a vó Joana. Eles ajudaram muito quando ele não estava”, lembrou.

FILHOS ALEXANDRE E SINÉSIO: NO MESMO CAMINHO
A música faz parte da história dos Klauck. E, se depender dos filhos Alexandre e Sinésio, essa história vai longe. O pai toca saxofone e queria que os filhos seguissem no mesmo tom. Mas ali entrou o desejo. Alexandre toca gaita e teclado. Já Sinésio optou pela bateria. “Foi em maio de 2000, quando eu estava na Kaffeeschneis´Fest, no show de Oswaldir e Carlos Magrão, que tive essa certeza. Vendo o baterista da dupla me abriu o desejo de estudar bateria”, afirmou. Sinésio, hoje com 31 anos, começou a tocar no Musical Quantum em 2004 e Alexandre, com 33 anos, no ano seguinte.

Pandemia: “apesar da parada, a banda está pronta”
Assim como todas as bandas de bailes, o Musical Quantum também viu a pandemia parar tudo. Desde março de 2020 a banda não faz show, e não sabe quando volta aos palcos. Mas, a família Klauck afirma que a banda está pronta para recomeçar. “A gente acredita que, com o avanço da vacinação, os eventos retornem gradativamente. A banda está completa e pronta para voltar”, afirma Alexandre. “Apesar da parada, investimos em renovação de equipamentos. Temos certeza que vamos retornar bem”, acrescentou. Além de Pedro Klauck no saxofone, Alexandre na gaita/teclado e Sinésio na bateria, a banda conta ainda com Renato Jannke (trompete/trombone), Luis Schneider (trompete), Odilar Jardini (guitarra), Rogério Kroetz (contrabaixo) e Alexandre Spendler, o “Cascalho” (vocal). Finalizando a reportagem pai e filhos, ao lado da dona Marlisse, tocaram uma bandinha, música que não pode faltar nos bailes do Musical Quantum.

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