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Picada Café/Linha Nova – uma centenária de bem com a vida: dona Maria Knoll Lopes celebra 100 anos ao lado dos filhos

10/09/2021 - 10h45min

Atualizada em 10/09/2021 - 10h47min

Picada Café/Linha Nova – Em uma casa, num sítio, na divisa entre Picada Café e Linha Nova, vive uma mulher guerreira e agora, centenária. Dona Maria Knoll Lopes, hoje, divide-se entre a casa de três filhos em Picada Café e Linha Nova. Essa semana ela celebrou 100 anos de vida.

NASCIDA DIA 5, MAS REGISTRADA DIA 6
A história de dona Maria iniciou na cidade de Ijuí, no noroeste do Estado. Ela nasceu em 5 de setembro de 1921, mas somente foi registrada no dia seguinte. “No registro consta como dia 06/09/1921. Na época valia o dia de registro como nascimento”, lembra a neta Dioni Maciel que reside em Picada Café. Dona Maria nasceu na cidade de Ajuricaba, que na época era chamada de “Colonia de Ijuí e fazia parte do município de Ijuí”. Ajuricaba se tornou município em 1966.

MARIA TEVE 9 IRMÃOS
Filha de Osvaldo e Emília Knoll, dona Maria é de uma família de dez irmãos. São eles Amália, Amanda, Alberto, Ema, Emílio, Henrique, Guilherme, Maria, Reinoldo e Florinda, irmã de criação. Destes, somente dona Maria completou 100 anos e sua irmã Florinda Silva da Veiga ainda vivem. A irmã está com 78 anos. Maria viveu sua infância em Ajuricaba e só mudou para Catuípe quando casou-se com Satiro Corrêa Lopes, em 29 de abril de 1944, no distrito de Inhacorá, que pertenceu a Santo Ângelo até 1961. A partir daí, com a emancipação de Catuípe, passou a pertencer a este.

DOS 13 FILHO – DEZ VIVEM ATÉ HOJE
A filha Ely Maciel conta que dona Maria teve seus 10 filhos, todos de forma natural e em casa. São eles Olimpio, Eloa, Orlando, Edite, Ereni, Elza, Ely, Armindo, Lucinda e Vilson. Depois mudou-se para Santa Rosa onde ficou viúva em 1980. Em meados de 2000 foi morar em São Leopoldo com sua filha Lucinda e depois com sua filha Ereni. Por volta de 2010 mudou-se para Picada Café onde morou com seu filho Olimpio, depois sua filha Ely e nos dias atuais mora com sua filha Ereni, na divisa entre Picada Café e Linha Nova. A agricultora aposentada tem 32 netos, 45 bisnetos e uma tataraneta. Ela teve ainda três filhos que faleceram pouco tempo após o nascimento. Os filhos, explica Ely, estão espalhados pelo Brasil. “Além de Picada Café e Linha Nova, ela tem filhos ainda em Rondônia, Florianópolis, Porto Alegre, Santa Maria e São Leopoldo.

“Se deixar eu trabalho ainda hoje”, afirma a centenária
Dona Maria nasceu na roça, é a chamada agricultora nato. Ela disse que trabalhar sempre foi seu passatempo preferido, desde criança, na infância, depois de casada, que foi da roça junto com o esposo que buscou sustentar e criar os filhos. “Nós plantada muito soja, trigo, feijão, mandioca. Graças a Deus nunca faltou comida na mesa”, descreve. Descendente de alemãs fala o “Hochdeutsch” fluente e é devota de Nossa Senhora Aparecida.

FAMÍLIA REDOBROU CUIDADOS NA PANDEMIA
Vacinada, feliz, de bem com a vida, e quando pode, gosta de estar ao lado da família. Mas a pandemia fez a Família Lopes repensar a vida e redobrar os cuidados com dona Maria. De acordo com a filha Elly, uma maneira encontrada foi levar a mãe até o sítio da filha Ereni, um lugar mais calmo e com menos fluxo de pessoas. “A gente tomou esta atitude pelo bem dela. Claro, os filhos nunca deixaram de visitar a mãe, mas sempre tomando alguns cuidados a mais”, declarou. De acordo com a filha, dona Maria está vacinada e não teve a covid 19.

CELEBRAÇÃO FESTEJOU OS 100 ANOS
Uma pequena festa foi organizada pela família para celebrar os 100 anos de dona Maria Knoll Lopes. Essa ocorreu no domingo, dia 5, na Sociedade Aliança, em Picada Café. O local foi escolhido, de acordo com a família, por ser amplo e com isso foi possível manter distanciamento. Nove dos dez filhos conseguiram vir à Picada Café e celebrar os 100 anos da dona Maria Knoll Lopes.

Gremista, ela afirma: “Quero ver meu time campeão”
Uma das paixões da centenária Maria é o futebol. Ao longo da vida, sempre torceu pelo Grêmio, de Porto Alegre. Ela já teve a oportunidade de conhecer a Arena do Grêmio quando esteve num jogo da equipe, a convite do filho Orlando, que reside em Porto Alegre. Ela destaca que ainda quer ver seu time campeão. “Esse ano acho que será difícil, mas ainda quero ver o time campeão”, declarou. Na cozinha a aposentada afirma que gosta de tudo. Adora cozinhar. O prato que mais gosta de fazer é massa caseira e Cless crescido, além de uma boa galinhada, sopa de leite, cebola frita e um bom chimarrão.

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