Pintura da Igreja de Linha Imperial traz resgate da história do cooperativismo de Nova Petrópolis

Nova Petrópolis – A Casa Cooperativa e a Sicredi Pioneira, junto com a comunidade de Linha Imperial, estão dando uma “veste nova” para a Igreja de São Lourenço Mártir. Construída em 1959, mas com origem secular, a igreja está recebendo pintura nova. A revitalização faz parte das ações que comemoram os 120 anos de cooperativismo de crédito.

De acordo com o gestor executivo da Casa Cooperativa, Paulo Cesar Soares, a igreja é um símbolo religioso, mas também de origem, de luta, de ensinamentos e de perpetuação contínua de valores. “Verdade seja dita, talvez não fosse a fundação da igreja de São Lourenço Mártir, o cooperativismo de crédito não existiria como é hoje”, comenta.

Origem

Soares explica que, na época da fundação da Caixa Rural, a igreja do Padre Theodor Amstad se encontrava no mesmo local da atual, no entanto, era bem menor. “Tão pequena, que a construção da nova e atual foi feita por cima da antiga. O local é precisamente o mesmo”, acrescenta.

O gestor explica que a igreja está intrinsecamente entrelaçada com a origem do cooperativismo de crédito na América Latina, iniciado em Linha Imperial por Amstad em 1902. Segundo ele, é provável que ainda surgiria em outro local e em outro momento o que o padre iniciou, mas certamente não da mesma forma. “Foi por conta de suas ações que a paróquia de Linha Imperial e a casa paroquial foram construídas, ambas em 1905, três anos após a fundação da Caixa Rural. Antes disso, segundo Prof. Renato Urbano Seibt, se cumpria em 1893 uma das últimas leis do Império, que concedeu título de curato à comunidade, dando caráter administrativo à pequena capela São Lourenço, que começava a agir como se fosse uma paróquia”, conta Soares.

130 anos de curato

Assim, por toda sua importância, era necessário dar cores novas à igreja como forma de presentear a comunidade. Em 2025, ela terá 120 anos como sede paroquial, mas já em 2023 comemora-se os 130 anos de curato, data em que Amstad finalmente iniciou os trabalhos oficiais em Linha Imperial, não mais como uma capela de passagem.

“Não há o menor questionamento sequer, da influência que Amstad e a criação da Caixa Rural tiveram em Linha Imperial. Costumo dizer, ‘Amstad não constituiria a cooperativa com os valores que tem em nenhum outro lugar que não fosse aqui, e ao mesmo tempo, Linha Imperial não teria o desenvolvimento cultural e social que tem, não fosse o que Amstad constituiu aqui’”, finaliza o gestor.