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Polícia Civil identifica grupo envolvido em furtos a Cemitérios de Nova Petrópolis
Nova Petrópolis – A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, e a Delegacia de Polícia de Nova Petrópolis, coordenada pelo Delegado Fábio Idalgo Peres, desencadearam ação investigativa que resultou na identificação de quatro homens, com idades entre 24 e 43 anos, suspeitos de integrarem associação criminosa voltada à prática de furtos qualificados em cemitérios da região, além da violação de sepulturas, conduta tipificada como vilipêndio de cadáver.
O grupo foi flagrado subtraindo objetos metálicos como molduras, crucifixos, letreiros e argolas das tampas de túmulos em pelo menos quatro cemitérios da zona urbana e rural de Nova Petrópolis, com danos constatados em mais de 300 túmulos, segundo estimativa preliminar dos responsáveis pelos locais.
As ações foram praticadas durante a madrugada, mediante rompimento de obstáculos, o que configura a qualificadora do crime de furto.
A investigação apontou a atuação coordenada do grupo, dividido em dois veículos utilizados para a execução e fuga após os crimes. O trabalho investigativo contou com intensa troca de informações entre a Polícia Civil, a Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Federal, possibilitando a rápida identificação dos suspeitos por meio de imagens de videomonitoramento urbano e registros de controladores de tráfego.
Durante a apuração, dois dos investigados foram presos em flagrante pela Brigada Militar na cidade de Taquara, ao serem surpreendidos furtando cadeiras plásticas de um estabelecimento comercial. Os objetos subtraídos foram prontamente reconhecidos pela vítima e restituídos. A reincidência evidencia o caráter contumaz da conduta criminosa e reforça a materialidade delitiva.
Poder Judiciário acolhe parcialmente a representação policial
O Poder Judiciário, após manifestação do Ministério Público, acolheu parcialmente a representação policial, optando por aplicar aos investigados medidas cautelares diversas da prisão, nos termos do art. 319 do Código de Processo Penal, entre elas a proibição de frequentar o município de Nova Petrópolis.
A decisão levou em conta os requisitos legais e o entendimento jurisprudencial dominante de que, em crimes patrimoniais sem violência ou grave ameaça à pessoa, a prisão preventiva deve observar critérios de proporcionalidade e adequação.
Dois dos investigados possuem histórico criminal relevante, incluindo condenações por tráfico de drogas e crimes contra a dignidade sexual. Um deles não possui antecedentes criminais. Os nomes dos envolvidos não foram, divulgados pela justiça.
O inquérito policial continua em curso, uma vez que tais metais são utilizados invariavelmente para “desmanches” e vendidos como sucata.