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Polícia Civil indicia onze pessoas por envolvimento nas mortes de junho

03/08/2022 - 11h25min

Polícia Civil concluiu o inquérito e aguarda o Ministério Público acatar ou não a denúncia (Créd. Dário Gonçalves)

Dudu do Vale Verde e Chavinho foram mortos nos dias 9 e 14, respectivamente

Nova Petrópolis | Por: Gian Wagner – gian@odiario.net

A Polícia Civil concluiu os dois inquéritos que apuram os homicídios ocorridos em Nova Petrópolis nos dias 9 e 14 de junho. No dia 9, após uma briga dentro de um bar, Eduardo Dellvale, 24 anos, foi morto após levar um golpe de faca. Cinco dias depois, homens encapuzados e com armas de calibre restrito foram ao bar e, na frente de clientes, executaram o dono do estabelecimento, Raquiel Sartori, 42 anos.
Nos inquéritos, o delegado Fábio Idalgo indicia onze pessoas envolvidas nos crimes. Dos onze indiciados, sete são por homicídio, três por tráfico de drogas e uma pessoa por falso testemunho. Ainda, destes onze, dois estão foragidos e quatro estão presos. Cinco respondem em liberdade, sendo a maioria mediante a habeas corpus concedido pela Justiça.
Os quatro presos respondem dois crimes em comum: homicídio qualificado e organização criminosa. Além disso, individualmente, eles respondem por lavagem de dinheiro, posse de arma furtada e carro roubado, e tráfico de drogas. Os dois que estão foragidos são acusados de homicídio qualificado e organização criminosa.

Eduardo Delvalle morreu após sofrer um golpe de faca numa briga de bar (Créditos: Reprodução/Redes Sociais)

EM LIBERDADE – Cinco pessoas respondem em liberdade, sendo uma delas a mulher que responde por falso testemunho e o homem que teria deferido o golpe de faca que levou Eduardo a morte alguns minutos depois no Hospital Nova Petrópolis. Os demais que respondem em liberdade são acusados de tráfico de drogas e associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada.

Raquiel Sartori, o Chavinho, foi morto a tiros dentro do próprio bar (Créditos: Reprodução/Redes Sociais)

As apreensões
Durante as investigações a Polícia Civil realizou diversas apreensões ainda no início do mês passado. Um veículo foi apreendido e dois sequestrados (diferente da apreensão, o sequestro torna o patrimônio do Estado e pode ser usado para restituir vítimas de crimes). Além disso, foram apreendidos R$ 5 mil em espécie e cerca de R$ 60 mil nas contas bancárias da família de Eduardo. A Polícia também apreendeu 300 gramas de cocaína, que, no mercado do tráfico, chega a custar R$ 50 reais cada grama.

Fraudes em Caxias
A organização criminosa também é indiciada pela Polícia Civil de Caxias do Sul, onde eles lesaram vítimas em fraudes. O prejuízo causado, conforme o delegado Idalgo, chega a R$ 200 mil. Por isso, também foi pedida a alienação e venda antecipada dos veículos para saldar as vítimas de Caxias do Sul.

 

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