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Professor do Vale dos Sinos é preso por abusar de 17 crianças em escola

A Polícia Civil prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (21), um professor de 43 anos suspeito de praticar crimes sexuais contra alunos de uma escola municipal de São Leopoldo, no Vale do Sinos. A investigação apura 17 casos envolvendo crianças de 6 a 10 anos.
A prisão foi realizada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de São Leopoldo, no bairro Morungava, em Gravataí, na Região Metropolitana. Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca, com apreensão de aparelhos eletrônicos que serão periciados.
Segundo a delegada Michele Arigony, o suspeito é investigado por estupro de vulnerável. Ele não tinha antecedentes criminais e optou por permanecer em silêncio, afirmando que só se manifestará em juízo.
Denúncias e relatos das famílias
De acordo com a Polícia Civil, os abusos teriam ocorrido ao longo de 2025, na escola onde o professor atuava. Os responsáveis procuraram a polícia e as crianças foram encaminhadas para perícia.
Uma mãe relatou que soube do caso por meio de outros pais em um grupo de mensagens.
— Questionei meu filho e ele relatou que ele pegava os meninos no colo, dava beijo, passava a mão no corpo dele. Foi um choque. Meu filho estudou desde o começo do ano até agora com ele — disse a mulher, mãe de um menino de seis anos.
Outra denúncia foi registrada pela tia de um aluno da mesma idade. Ela contou que a criança apresentou mudanças de comportamento antes mesmo de relatar o que teria acontecido.
— Meu sobrinho está traumatizado. Não quer mais ir à escola. Antes, ele acordava de manhã pronto para ir à escola. Era o primeiro ano dele na escola, saiu direto da creche para lá — afirmou.
Ações da prefeitura e acompanhamento
Conforme a Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo, o professor atuava na instituição de Ensino Fundamental por contrato temporário e foi demitido no dia 11 de agosto, assim que a denúncia chegou ao conhecimento da pasta.
Em nota, a prefeitura informou que o caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e encaminhado ao Ministério Público no dia 15. Também destacou que equipes do Núcleo de Enfrentamento à Violência Escolar (Neve), com psicóloga e assistente social, estão trabalhando com as turmas da escola, além de oferecer apoio jurídico e psicológico às famílias.