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Quando nem mesmo a Justiça consegue salvar vidas

06/09/2018 - 18h36min

Ivoti – O caso da moradora de Ivoti, Noemia Gross, internada com pneumonia no Hospital São José, e que faleceu na manhã do dia 29 de agosto, por não ter sido transferida para uma UTI em outro hospital, mesmo após a família ter conseguido uma liminar judicial, exigindo a internação da paciente em um prazo máximo de cinco horas, traz a tona uma questão: existem poucas vagas nas UTIs do Estado?

Segundo a Prefeitura de Ivoti, às 18h40 do dia 28, o Município foi intimado da decisão judicial que determinava ao Estado do Rio Grande do Sul e ao Município a disponibilização de vaga em leito de UTI. A Secretaria de Saúde e Assistência Social imediatamente iniciaram as buscas por leitos, tanto na rede pública quanto em hospitais particulares.

Ainda de acordo com a Prefeitura, existe um sistema que gerencia o cadastro de vagas, e este é alimentado pelos hospitais. Neste caso, o Hospital São José informou, inclusive apresentando a decisão judicial, e, o sistema a partir disso foi quem buscou pela vaga. é por ali que os hospitais informam se existem leitos particulares disponíveis, inclusive. O paciente não é transferido enquanto não houver leito de UTI disponível.

A reportagem do jornal O Diário havia entrado em contato com os parentes de Noemia, porém, eles não quiseram se identificar. Segundo um desses familiares, a liminar foi solicitada na manhã do dia 28, terça-feira, e até o final da tarde, já havia chegado ao conhecimento do Executivo. “A liminar dizia que a Noemia deveria ser transferida no máximo até às 23h daquele dia. Como isso não aconteceu, na manhã do dia seguinte, às 8h30, ela veio a óbito. Se ela fosse para uma UTI, hoje ela estaria viva”, lamentou.

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