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Polícia

Rapaz que arrastou e matou mulher atropelada vai a júri em Dois Irmãos

05/11/2024 - 16h31min

Atualizada em 05/11/2024 - 18h00min

Acusado foi preso pela Brigada Militar horas depois (FOTOS: Melissa Costa / arquivo O Diário)

O réu fugiu do local do crime e tentou eliminar provas

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos | Quase oito anos após atropelar e matar uma mulher, homem vai a Júri Popular nesta quarta-feira (6). O início será às 9h no Fórum da Comarca de Dois Irmãos e será comandado pelo juiz Miguel Carpi Nejar.

O réu é Guilherme Paulo Paetzhold, 35 anos. Na noite de 1° de dezembro de 2016, na época com 27, ele atropelou e arrastou Maria Senia Fröhlich, 55 anos, por cerca de 160 metros.

O crime aconteceu por volta das 23h10 na Av. 25 de Julho, na altura do bairro Floresta. Ele acabou arrastando a vítima até a Travessa 29 de Setembro.

Após isso o acusado desceu do veículo, retirou o corpo dela preso na roda de um Sandero, o largou próximo da calçada e fugiu sem prestar socorro.

Vítima ficou agonizando por meia hora

Maria Senia ainda estava viva e ficou ao relento por cerca de 30 minutos, até ser encontrada por populares. Foi socorrida em estado gravíssimo e acabou falecendo na madrugada em razão dos ferimentos no Hospital de Pronto Socorro (HPS), de Canoas.

Local onde a vítima foi atropelada

Preso em flagrante

Cerca de três horas depois Guilherme foi preso em flagrante pela Brigada Militar (BM) na casa dos pais, no bairro Vale Verde, onde tentou se esconder.

Com a intenção de apagar os vestígios do crime, o réu lavou o veículo, retirou as três calotas restantes (uma permaneceu nas proximidades do ocorrido), além de colocar cinzas sobre os pneus.

Segundo apurado na época ele se negou a fazer o teste do bafômetro. No entanto, apresentava visíveis sinais de embriaguez: olhos avermelhados, fala embaraçada e hálito alcoólico.

Ele ficou recolhido no presídio somente até 9 de dezembro daquele ano. O Tribunal de Justiça acatou o pedido de habeas corpus feito pela defesa.

Marcas do atropelamento ficaram no veículo

ACUSAÇÃO

A denúncia será feita pelo Ministério Público através do promotor Wilson Grezzana, com a acusação de homicídio por dolo eventual, assumindo o risco de produzir o resultado da morte. Se condenado, pode receber de 6 a 20 anos de prisão, a depender dos atenuantes e agravantes.

A principal prova do Ministério Público contra o réu são as imagens da câmera de segurança de uma residência, que ficava em frente ao local onde Guilherme retira o corpo da roda e foge. As imagens, na época, chocaram o Estado e foram notícia em diversos veículos de comunicação.

DEFESA

A reportagem contatou o advogado de defesa, Nelson da Silva Silveira, porém, até a publicação desta reportagem não obteve retorno.

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