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Região adota cautela com possibilidade do fim dos simuladores nos CFCs

18/06/2019 - 12h04min

Região – O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou facultativo o uso de simuladores de direção nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) de todo o país, a partir da segunda quinzena de setembro. É uma das medidas que estabelece uma resolução do órgão publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 17.

Os simuladores tornaram-se obrigatórios no Rio Grande do Sul a partir do começo de 2016, embora os primeiros tenham aparecido nos CFCs gaúchos dois anos antes. Hoje, o aluno que realiza aulas para a primeira habilitação ou adiciona a categoria B à CNH precisa realizar cinco horas/aula neste equipamento. O custo é de R$ 315,85 para ambos os casos.

Ainda que a medida ainda não valha imediatamente, o governo avalia que o simulador não teria eficácia comprovada, e que o fim de sua obrigação, na prática, deve ajudar no processo de desburocratização de etapas do processo de formação de condutores. O presidente do Contran e ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é publicamente favorável ao fim do equipamento.

Diferenças

Atualmente e de forma geral, os candidatos à CNH fazem aulas nos simuladores após as teóricas e antes das práticas. Os CFCs, porém, são cautelosos. Procurado para comentar, o CFC Ivoti disse que está aguardando para saber os impactos da medida. O instrutor Luis Henrique Boettsche, que há quatro anos dá aulas com o simulador em Ivoti, argumenta que com ele o aluno já sairia pronto para as situações em ambiente de rua.

“O simulador é para quem não tem noção alguma do veículo. Ele é diferente de um veículo tradicional, pois o uso do pedal e da direção são diferentes. Mas se o aluno sair dele trocando de marchas sem olhar para as mãos, ou manuseando os pedais sem precisar olhar, já é uma grande coisa para o instrutor na prática”, afirma ele.

Aluna de primeira habilitação, a estudante Sinara Welter, 18 anos, de Presidente Lucena, estava para iniciar as aulas no equipamento. “Acho que é importante para se ter uma noção da direção. Muitas pessoas falaram que não ajuda, mas acredito que auxilia no aprendizado”, comenta Sinara.

O que pensa o sindicato que representa os CFCs

O Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Rio Grande do Sul (SindiCFC-RS) é crítico à medida. Na opinião do consultor de trânsito do SindiCFC, Eduardo Cortez, não há estudos técnicos que justifiquem a retirada da obrigatoriedade do simulador. A avaliação é no aspecto prático, ou seja, melhoria na aprendizagem para o aluno, quanto o econômico, ou seja, na redução de custos para obtenção da CNH.

“No nosso entender, ela vem através das medidas populistas que estiveram contidas nas promessas de campanha da presidência da República, e que agora se veem materializadas lá pelo ministro da Infraestrutura. Não creio que algum educador de trânsito deste país possa efetivamente concordar com a medida”, afirma Cortez.

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