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Geral

Segurança do Carrefour flagrado em vídeo diz que sua intenção não era matar o cão

08/12/2018 - 15h40min

Atualizada em 31/01/2019 - 14h05min

O segurança do supermercado Carrefour em Osasco, na Grande São Paulo, que aparece num vídeo espantando um cachorro abandonado com uma barra, na semana passada, alegou na última quinta-feira (6), em depoimento à Polícia Civil, que não quis ferir o animal. Ele é investigado por suspeita de maus-tratos.

Imagens mostram o cão sangrando na pata traseira esquerda antes de ser laçado e levado por funcionários da prefeitura para uma unidade de socorro, onde morreu. Segundo a veterinária que o atendeu disse à investigação, Manchinha, como o bicho era conhecido, entrou em óbito em decorrência de hemorragia.

Por meio de nota enviada na noite desta sexta-feira (7), a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o segurança do supermercado, que não teve o nome divulgado, “declarou em seu depoimento que acertou o cão com a barra de alumínio de forma não-intencional no estacionamento da loja.”

Ainda, segundo a pasta da Segurança, o segurança do Carrefour “teria usado a barra para bater no chão com objetivo de afugentar o cão e só percebeu que tinha acertado o animal quando este voltou à loja já sangrando.” O segurança ainda declarou à investigação que só foi retirar o animal do local após ordens de cima. “Segundo ele, o animal rosnou ao ser retirado da área interna da loja pelo funcionário, que alegou ter feito isso a pedido de seus superiores”. O caso Manchinha repercutiu nas redes sociais.

A Delegacia de Polícia de Investigações Sobre o Meio Ambiente investiga o que pode ter causado a morte do bicho e as eventuais responsabilidades por ela. Entre as prováveis hipótese estão: um corte na pata traseira do cachorro causado pela barra usada pelo segurança; um enforcador usado por um funcionário da prefeitura para laçar o pescoço do bicho, asfixiando-o, ou ainda se ele foi envenenado ou atropelado.

Abuso

O segurança está em liberdade e deverá responder futuramente por abuso a animais, que está previsto no artigo 32 da Lei número 9.605/98 de Crimes Ambientais. São enquadrados nesse artigo da lei quem fere ou mutila animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos. Se condenado, o agressor pode receber pena de detenção de três meses a um ano, além de multa. Em tese, o segurança do Carrefour poderá ser indiciado, isto é, responsabilizado formalmente pelo crime. “A Delegacia de Investigações sobre o Meio Ambiente deve concluir o inquérito na próxima semana, após oitiva de mais três testemunhas, e encaminhar ao poder judiciário”, informa outro trecho da nota da Segurança Pública. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas. Por conta da repercussão do caso, a delegada Silvia Fagundes não está dando mais entrevistas sob a alegação de que isso pode atrapalhar a investigação.

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